Resenha: O Livro Sem Figuras


Sinopse:  Um livro sem figuras? O que tem de divertido nisso?
Esse livro não tem nada para ver a não ser palavras. Palavras que vão obrigar o leitor a fazer caras esquisitas e vozes engraçadas.
Combinando simplicidade e criatividade de uma forma surpreendentemente engenhosa, O livro sem figuras inspira risadas toda vez que é aberto, criando uma experiência de diversão e interação entre adultos e crianças e apresentando às crianças a poderosa ideia de que a palavra escrita pode ser uma fonte infinita de alegria e travessuras. Um livro original e divertido capaz de transformar qualquer leitor em um verdadeiro comediante, que vai fazer as crianças implorarem para ouvir a história repetidas vezes.

Eu amo livros infantis. É sabido.


Especialmente aqueles “diferentões”, que aguçam a curiosidade e estimulam a criatividade.


Este é o caso de O Livro Sem Figuras.


B.J. Novak teve uma “sacada” simplesmente GENIAL ao escrever este livro!


Fugindo dos padrões da literatura infantil, O Livro Sem Figuras, como sugere seu nome, não possui nenhuma ilustração. Mas, o texto, maravilhoso e completamente inusitado, faz com que o adulto que lê a história se meta em situações atrapalhadas e fale palavras absurdas. Essa interação entre adulto e criança, proposta pelo livro, é simplesmente sensacional! E, afirmo sem dúvida alguma, proporcionará muitas gargalhadas nos pequenos [e nos grandes também! Sugiro “treinar” a leitura antes, pois, é muito difícil não cair na risada enquanto está contando essa história e recebendo as risadas dos pequenos].


Um livro para ser lido em voz alta. Para um, dois, três, quantos pequenos se aproximarem!


Sem precisar de imagem, desenhos ou muitas firulas, nem muito menos tentar dar uma lição de moral ou grandes ensinamentos filosóficos; O Livro Sem Figuras tem como única e exclusiva “função” encantar e mostrar as crianças que LER É DIVERTIDO!


Fique abaixo com a MARAVILHOSA Fafá ‘contando’ O Livro Sem Figuras.



O Livro Sem Figuras

Autor: B. J. Novak
Capa dura
Número de páginas: 48 páginas
Editora: Intrínseca
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Resenha: Fábrica de vespas

    


 Sinopse: Um obra única, extremamente violenta e visceral, considerado um clássico moderno, eleito entre os cem romances mais importantes do século XX, nunca antes editado no Brasil. Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Frank, a estreia literária do autor escocês Iain Banks polarizou a crítica e os leitores quando foi publicada, em 1984. Considerado um dos grandes romances do século XX, o livro evoca tanto O Senhor das Moscas (1954) como Precisamos Falar sobre Kevin (2003). Fábrica de Vespas consegue produzir um olhar ao mesmo tempo bizarro, imaginativo, perturbador e repleto de humor negro sobre o que se passa dentro da mente em formação de um psicopata. Iain Banks (1954-2013) nasceu e viveu na Escócia. Tornou-se amplamente conhecido pela controvérsia causada pelo seu primeiro romance, Fábrica de Vespas, publicado originalmente em 1984. Desde então, foi aclamado tanto pela crítica como pelos seus leitores por dezenas de obras de ficção e ficção científica. Foi considerado um dos Melhores Novos Escritores Britânicos em 1993. O jornal inglês The Times aclamou Iain Banks como “o romancista britânico mais imaginativo de sua geração” e o Guardian considerou-o “o padrão pelo qual o restante da ficção científica é julgado”.


     Em Fábrica de Vespas, acompanhamos a história de Frank, um garoto de 16 anos e um tanto quanto diferente dos outros garotos de sua idade.


     Frank vive com seu pai num local afastado da cidade [em uma ilhota], praticamente isolado. A mãe o abandonou quando ele era ainda um bebê e Eric, seu irmão mais velho [por quem possui uma admiração que beira a devoção] está internado e em tratamento num hospital psiquiátrico.


     O pai de Frank também não é muito convencional. Distante, nunca esteve muito presente na vida de seu filho, ele, por si só, possui suas próprias manias [como saber as medidas exatas de coisas banais] e segredos. Dentre eles, um escritório que vive completamente fechado, impossibilitando que Frank, aguçado pela curiosidade, pudesse entrar furtivamente no recinto e mexer nas coisas do pai.


     Dono de características e hábitos peculiares, Frank é um personagem cativante. Excêntrico, talvez. Mas extremamente cativante. Iain Banks, o autor, foi muito feliz em sua escrita. A cada devaneio e pensamento e atitude que o personagem vivencia, nós, leitores, vamos mergulhando profundamente nos confins dessa mente psicótica em formação.

"Uma morte é sempre excitante, sempre faz com que você perceba quão vivo e vulnerável está, mas quão sortudo é. Mas a morte de alguém próximo dá uma boa desculpa para que você fique um pouco doido por um tempo, e faça coisas que de outro modo seriam indesculpáveis. Que maravilha seria agir feito um alucinado e ainda sim ganhar a simpatia de todos." 
[Fábrica de Vespas, pag. 59]

     O livro é uma viagem! Das mais fascinantes.


     A todo o momento são “jogadas” em nossa face às atitudes grotescas de Frank e seus pensamentos enquanto comete os atos… e isso é bom demais! Frank tem como hobby torturar e profanar animais, mutilando-os e fazendo-os de estaca em seu “Abrigo” e possui um desprezo infinito para com as pessoas que o cercam [especialmente as mulheres!]


     Tendo sofrido um “acidente” quando criança, Frank passa a lidar com seus desapontamentos e insatisfações de maneira bizarra e até mesmo violenta. Beirando ao grotesco.


     Porém, toda a dinâmica disfuncional muda quando ele recebe a notícia de que Eric, seu irmão, fugiu do hospital psiquiátrico, deixando Frank mais atento e ligado nas coisas que estão acontecendo à sua volta.

“Uma história excepcional de horror gótico, macabra,
bizarra e impossível de largar. [...] leitura formidável.”
[Financial Times]


     Fábrica de Vespas é um livro sensacional! E é muito difícil especificar e numerar todas as qualidades do livro sem correr o risco de dar spoilers. Mas, a única coisa que deve ficar clara: o livro, mesmo se não fosse tão maravilhoso, valeria apenas pelo seu final! Mindblowing. Apenas.

"Nossas vidas são símbolos. Tudo que fazemos é parte de um padrão que, pelo menos em parte, decidimos. O forte cria o seu  próprio padrão e influencia o de outras pessoas, o fraco tem seus caminhos traçados por alguém." 
[Fábrica de Vespas, pag. 154]


Fábrica de Vespas


Autor: Iain Banks
Capa dura
Número de páginas: 240 páginas
Editora: DarkSide♥
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