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Resenha: Azul Haiti

 

“Nosso sustento é ambulante, sem descanso.”

Em “Azul Haiti” Paty Wolff nos convida a mergulhar num livro-ventania, onda atrás de onda, onde somos atravessados poeticamente por um maremoto poético que nos faz refletir e, ao mesmo tempo em que nos aperta o peito ao fazer-nos visualizar uma realidade vivida por inúmeras pessoas em nosso país, nos aquece o coração com sua poesia tão bela e tocante, feito um abraço demorado.

“A história da imigração tem cor. Os sonhos, a coragem e o trabalho também. É a cor das águas que limitam as fronteiras, a da bandeira do país de origem e a do carrinho de mão que traz o sustento. É o azul do Haiti que conta as memórias de uma mãe pelos olhos de uma criança.

Por meio de uma escrita poética que recupera com delicadeza as lembranças de uma crise, é contada uma narrativa da imigração haitiana. As ilustrações e os recortes feitos sobre papelão acrescentam profundidade ao retrato da fuga, complementando o texto e proporcionando novas possibilidades de leitura. Uma obra essencial para entender a importância da resistência e da preservação da memória.

Uma história sobre a imigração haitiana contada a partir das memórias de uma mãe sob o olhar esperançoso de uma criança.”.

Tive o privilégio de ouvir a Paty falando na Casa A Taba durante a FLIP e não pude deixar de me encantar e transbordar ternura ao sentir em suas palavras e no brilho de seu olhar, o afeto que a inunda ao falar das multiplicidades de vozes e poesias das infâncias!

Mergulhar em sua obra, para mim, foi permitir-me inundar neste azul poético que afaga e transborda beleza, ancestralidade, história, respeito e amor, MUITO AMOR!

💙

*Livro recebido em parceria com a Companhia na Educação.

- Livro: Azul Haiti.
- Autora: Paty Wolff.
- Editora: Companhia das Letrinhas.

Resenha: Branca de Neve e as Sete Versões ❤



Sinopse: Nesta releitura de um dos clássicos dos contos de fadas, José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta resolveram modificar o rumo da história. Os autores elaboraram a obra para que o leitor se depare com sete diferentes desfechos para a heroína.


🍎



          Você já se perguntou o que aconteceria se a Branca de Neve se casasse com o Caçador ao invés do Príncipe Encantado? E se ela não arrumasse a casa dos anões e fizesse uma bagunça maior do que a que havia encontrado?


          Essas e outras hipóteses nos são apresentadas no [INCRÍVEL!] livro Branca de Neve e as Sete Versões, escrito pelos sensacionais [sou fã babão mesmo] José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta.


          Leia abaixo a resenha especializada da A Taba [retirada do site da Amazon] para entender melhor como funciona o livro:


“Os autores José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, num divertido jogo narrativo, recontam a história de Branca de Neve em sete versões. A cada ponto-chave da narrativa, os autores dão opções para os leitores seguirem ou não a história, dando-lhes indicações de escolha. Podemos, por exemplo, acompanhar o caçador entregando-se à polícia, culpado por ter matado a princesa a mando da bruxa; o espelho mentindo para a bruxa – e tantas outras hilárias subversões praticadas pelos autores. Tudo para que o leitor seja livre, escolhendo o final que lhe convier.”


          Sou fascinado pelo trabalho de Torero e Pimenta. Eles têm sacadas geniais em seus livros e a cada um que leio me pego pensando: “Puxa! Queria eu ter escrito isso!”. O livro dá ao leitor o “poder” de definir o destino da história. Em determinados pontos do livro há opções de escolha para que o leitor decida qual rumo seguir. E isso é o mais fantástico do livro!


          Esta forma interativa de prosseguir com a história e a cada página se deparar com situações hilárias garante boas risadas!


          Li este livro nos últimos dias para a turma de terceiro ano em que eu estava trabalhando e, olha, posso dizer, foram nossos melhores momentos juntos! Eu já havia lido Joões e Marias para eles [também escrito por Torero e Pimenta], para que se “acostumassem” com a proposta dos autores – pois, em Branca de neve, eles levam a interação e a escolha por parte do leitor a um novo patamar.


          As crianças AMARAM [e eu mais ainda!]! Desde a possibilidade de Branca não se casar [o que nos rendeu um ÓTIMO debate e discussão] até se tornando a Princesa das Trevas, a cada dia, a cada nova versão, íamos nos encantando mais e mais, e compartilhando muitos sorrisos e gargalhadas.


          Ler Branca de Neve e as Sete Versões foi uma das melhores experiências de leitura que já tive em sala de aula! Eu já era apaixonado pelo livro [comprei-o em 2015], mas, poder compartilhá-lo integralmente com 29 crianças foi INDESCRITÍVEL!





As ilustrações de Bruna Assis Brasil são uma atração à parte! Engraçadíssimas, elas acompanham o tom da narrativa e nos fazem dar boas risadas [as crianças MORRERAM com os narizes dos personagens!]






          Essa é mais uma daquelas “compras certeiras”, porque é simplesmente IMPOSSÍVEL não se divertir com este livro. ele é excelente porque não subestima a criança leitora [ou ouvinte] ao apresentar diversas nuances diferentes para uma mesma história. Pelo contrário, ele instiga a imaginação e aguça a criatividade dos pequenos [e grandes!] leitores!


          *UPDATE: É muito engraçado como os contos de fadas "tradicionais" já estão arraigados dentro de nós. No último sábado, 24/03, durante nossa Manhã Confabulatória aqui no Espaço de Leitura, contei para os presentes a versão deste livro em que a Branca se torna uma veterinário ao final. Durante a leitura foram vários os momentos em que as crianças interagiram, me parando no meio da contação, para "discutir" sobre as mudanças. A história rendeu muitas [muitas mesmo!] risadas e a conclusão de que, definitivamente, precisamos escrever outras versões dessas histórias que já nos são tão familiares.




Branca de Neve e as Sete Versões



Capa da edição da Alfaguara
Capa da edição da Companhia das Letrinhas

Autores: José Roberto Torero & Marcus Aurelius Pimenta
Número de páginas: 52 páginas
Editora: a minha edição é da Alfaguara, porém, agora o livro é editado pela Companhia das Letrinhas.
Compre na Amazon clicando aqui



Resenha: Bafinhaca e a Vingança dos Gnomos


Sinopse: Bafinhaca tem uma característica marcante: adora um cheirinho de podre e tudo que há de mais nojento. Por isso, cuida do Lixão das Bruxas com um carinho todo especial - chegou até a construir um Muro de Cheiro invisível, um escudo repugnante que protege o depósito do ataque de visitantes indesejados, principalmente dos Gnomos, seus piores inimigos. 

Isso tudo porque falta pouco para o Dia das Bruxas, quando acontecem grandes festas e em que Bruxas, Gnomos, Vampiros, Fantasmas e outros seres competem para ver quem consegue erguer a maior pilha de lixo e acender a fogueira mais vistosa - e o esplendor da fogueira das Bruxas é sempre, de longe, o melhor. Bafinhaca precisa manter a tradição, e assim vai fazer de tudo para livrar seu Lixão de invasores. 
Mas ela ainda não sabe que há outros perigos rondando a Floresta do Bruxedo: sua Vassoura acaba de descobrir que os Gnomos estão planejando um grande Vassourrapto durante o Encontro das Bruxas; e, além disso, um Gênio, daqueles que habitam lâmpadas, enganador e inescrupuloso, anda de olho no bem protegido conteúdo do seu querido e amado Lixão e não vai sossegar enquanto não puser as mãos nele. 
Junto com Tubararaca, sua melhor amiga, com quem vive brigando e fazendo as pazes, e seu fiel companheiro Tukai, Bafi vai ter de enfrentar todos esses perigos e aventuras neste segundo volume da série que conta as suas histórias.


🎃

     Quem me conhece um pouquinho sabe que sou fascinado pelo mórbido, o grotesco e seus derivados.


     Bruxas, zumbis, espíritos e fantasmas sempre fizeram parte de minha vida e abrigaram meu imaginário.


     Portanto, muitas vezes, quando vou comprar livros de literatura infantil, busco comprar algo diferenciado, que fuja do lugar comum, daquelas obras que as crianças têm um contato constante na escola… E, foi assim que conheci minha querida Bafinhaca!


     Ainda nas férias, enquanto planejava as primeiras aulas do ano [a fim de adiantar meu planejamento, pois, em fevereiro eu estaria viajando] e escolhia as possíveis leituras para o primeiro semestre, estava eu vagando pela Amazon [meu hobby favorito por sinal, rs] e vi essa simpática magricela com ar meio desesperado sobre uma vassoura. Rolou uma atração instantânea. Comprei o livro só pela capa e pela sinopse.


     Hoje, depois de tê-lo finalizado [fizemos a leitura por capítulos, dois capítulos por aula, o livro possui dezesseis], posso dizer: que leitura deliciosa!


     Escrito de maneira bem despretensiosa por parte da autora, na história acompanhamos Bafinhaca, uma bruxa que possui características bastante peculiares, dentre elas a mais marcante é: AMA um cheirinho de podre e é apaixonada por tudo o que há de mais nojento no universo! Por conta disso, Bafinhaca é responsável por cuidar do Lixão das Bruxas – ofício que realiza com muito zelo e carinho, tendo construído até um Muro de Cheiro Invisível, a fim de espantar os possíveis invasores que queiram roubar o lixo [algo que acontece todos os anos com a aproximação do Dia das Bruxas].


     Há uma tradição que acontece todos os anos no Dia das Bruxas: a construção de fogueiras feitas de lixo! E, é a partir daí, que a trama se desenrola. Bafinhaca está responsável por cuidar da organização da festa de Dia das Bruxas deste ano e, por isso, cria o Muro de Cheiro, para garantir que ninguém roube o lixo e as bruxas possam fazer [como sempre] a maior e mais impressionante fogueira de todas.


     Porém, numa sucessão de eventos curiosos e vários disparates, uma grande confusão acontece na Floresta do Bruxedo e, devo dizer, isso é maravilhoso!
A escrita de Kaye é envolvente por demais!


     Ora acompanhamos os acontecimentos do presente, ora o desenrolar de situações que levaram até aquele momento, ora passado… Enfim, ela cria uma trama muito bem amarrada e redondinha, cativante e instigante [a cada término de capítulo era uma verdadeira “luta” conseguirmos fechar o livro e aguardarmos até a próxima semana para acompanharmos as peripécias de Bafinhaca e suas amigas].


     As personagens do livro, por si só, são um encanto à parte! Além de Bafinhaca, conhecemos todas as outras bruxas e seus espíritos familiares, que possuem as características mais diversas e uns nomes maravilhosos [menção a Malfazjá e Jáfazmal que meu aluno AMOU mais que todas as outras]. Conhecemos, também, Ali Pali, um gênio que está desabrigado, pois, sua lâmpada foi quebrado por algum patife idiota. A vassoura Lenhosa, que, num ímpeto de “loucura”, acaba dando início a toda a confusão da trama. E a tribo dos Gnomos estúpidos [que em muito me lembraram os anões de Branca dos Mortos e os Sete Zumbis] que tentam a todo custo realizar um vassourapto a fim de conseguirem construir a fogueira mais impressionante de todas e ultrapassarem Bafinhaca e todas as bruxas.



     Enfim, eu poderia passar horas e horas aqui apontando as qualidades do livro Bafinhaca e a Vingança dos Gnomos, mas, sugiro que você o compre para ler com seus filhos, sobrinhos e alunos. Ou até mesmo sozinho. Um livrinho para além do lugar comum que, sem sombra de dúvidas, irá encantar as crianças [e você também!].


Bafinhaca e a Vingança dos Gnomos

Autor: Kaye Umansky
Número de páginas: 168 páginas
Editora: Companhia das Letrinhas
Compre na Amazon clicando aqui

Resenha: O carteiro chegou ♥


Sinopse: Assim como todo mundo, os contos de fadas gostam de mandar e receber cartas. João, por exemplo, mal tem tempo de agradecer o gigante pelas ótimas férias que sua galinha de ovos de ouro lhe proporcionou. Cachinhos Dourados aproveita para se desculpar com a família Urso por ter causado confusão na casa. E o que seria da bruxa sem o catálogo de ofertas do Empório da Bruxaria, que esse mês oferece uma promoção especial de mistura para torta Menino Fofo? Por isso, quando o carteiro chega é sempre uma festa, e todo mundo o convida para entrar. Mas às vezes - especialmente em caso de Lobo Mau - ele prefere recusar o chazinho e dar no pé o mais rápido possível. O livro, que é todo contado em rimas, vem cheio de cartas de verdade, postais, livrinhos e convites, com envelope e tudo.

Muito mais que apenas um livro infantil. É o que penso sobre “O carteiro chegou”. Livro que me apaixonei instantaneamente desde o primeiro contato.


Fiquei tão fascinado pela proposta dessa obra que, depois de ouvir o relato de um trabalho realizado a partir da leitura do mesmo, cheguei a casa e fui correndo para a frente do computador realizar a compra do livro.


Isso há quatro anos.


De lá para cá foram muitas às vezes em que o li. Sozinho. No período de estágio na faculdade [na verdade, o plano de aula que realizei na execução da minha aula docência do estágio foi feito tendo “O carteiro chegou” como fio condutor]. Na aula de ALE na escola. Em casa com as crianças… Enfim, foram muitos e diversos os momentos de leitura com este livro, ele é um dos meus “xodós” [tanto que até hoje ele permanece praticamente novo, apesar de tantos usos diferentes, fica envolto no plástico bolha que veio junto quando comprei, rs], de tanto carinho que sinto por ele. Creio que ao lado de “Enrico de Prata” e “Onde vivem os monstros” ele é um dos meus favoritos.


Mas, por que de tanto encantamento com esse livro?


Eu explico: em “O carteiro chegou” acompanhamos um dia na vida do Carteiro da comarca, um jovem senhor que adora tomar chá e suas cartas entregar. Faz seu trabalho com um sorriso nos rosto e vai com sua bicicleta de casa em casa entregando as correspondências. E, para surpresa do leitor, quando o Carteiro chega a seus destinos ele encontra personagens que há muito tempo conhecemos: personagens de contos clássicos do imaginário infantil. E isso é fantástico!


A cada casa que o Carteiro chega somos surpreendidos por um personagem diferente. A interação e a adição dos personagens clássicos, em situações diversas, é muito bem feita. É um deleite aos olhos [as ilustrações são fofíssimas] e aos ouvidos [o livro é todo rimado].


E a “cereja do bolo”, as correspondências entregues pelo Carteiro realmente existem! Elas vêm acondicionadas em envelopes dentro do livro, com direto a selo, remetente e destinatário [e até um carimbo de urgência!].


Cada personagem recebe um tipo de correspondência diferente [tem cartão postal, cartaz/panfleto comercial, cartão de aniversário, ofício, um minilivro, uma intimação, etc…] e isto é simplesmente SENSACIONAL!


As possibilidades de exploração e trabalho com este livro são INFINITAS! Com sensibilidade e criatividade o professor consegue montar diversas aulas e atividades e planos a serem trabalhados envolvendo “O carteiro chegou”.


Uma leitura dinâmica, fluida e cheia de detalhes [a edição é de encher os olhos, em capa dura], capaz de encantar as crianças, despertando sua curiosidade e fascinar os adultos com a qualidade que apresenta.


Daqueles livros IMPRESCINDÍVEIS e INDISPENSÁVEIS na biblioteca de qualquer escola, professor e criança.


O carteiro chegou

Autores: Janet & Allan Ahlberg
Capa dura
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Companhia das Letrinhas
O livro está esgotado na Amazon, portanto, compre-o na Saraiva clicando aqui [corra porque são as últimas unidades!]


Resenha: Quem soltou o Pum?

     


Sinopse: A história é simples, mas a sacada é das boas: imagine um cachorrinho de estimação que se chama Pum! Daí dá para tirar diversos trocadilhos, criando frases e situações realmente hilárias. 

É um tal de não conseguir segurar o Pum, que é barulhento e atrapalha os adultos, que dizem que o Pum molhado, em dia de chuva, fica mais fedido ainda, o que faz o menino passar muita vergonha. Pobre Pum. E pobre dono do Pum! 
Mas não tem jeito, com o Pum é assim mesmo: simplesmente ninguém consegue evitar que ele escape e cause certos inconvenientes.



     Garantia de risadas, Quem soltou o Pum? é um livro que fará as crianças rolarem de rir.


     Com um título muuuito sugestivo o livro nos conta a história de Pum e seu dono. Sim. Pum é um cachorro! E, como todo bom cachorro, ele gosta de ficar livre, leve e solto e, muitas vezes, soltar o Pum causa muuuitos inconvenientes para o pobre menino que leva esporro do pai, da mãe, da síndica e de todo mundo porque não consegue segurar o Pum!


     Com uma das sacadas mais geniais que já vi, a autora trabalha com uns trocadilhos tão bons, mas tão bons que, quando você perceber, estará rindo alto.


     O Pum pode incomodar porque às vezes ele é muito barulhento ou porque fica fedido depois que se molha na chuva.


     Os adultos querem vê-lo preso, mas, como todos sabemos, às vezes é difícil segurar e prender o Pum.


     Este livro é garantia de sucesso! As situações descritas, agregadas aos trocadilhos, fazem as crianças rirem bastante. Confesso que é um daqueles que você conta em voz alta e, quando percebe, está rindo junto dos ouvintes.


     Com ilustrações simples, porém, que cumprem seu papel de maneira eficaz, Quem soltou o Pum? é um daqueles livros simplesmente NECESSÁRIOS em qualquer biblioteca infantil ou sala de leitura.




Quem soltou o Pum?

Autora: Blandina Franco
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Companhia das Letrinhas
Compre na Amazon clicando aqui