Resenha: Bojabi - a árvore mágica


Sinopse: Os animais estão muito, muito famintos. Então eles veem uma árvore maravilhosa, coberta de frutos vermelhos e maduros, que exalam o aroma de doces mangas, são gordos como melões e suculentos como tâmaras... MAS... Enrolado em volta da árvore está o MAIOR PÍTON que eles tinham visto na vida. E o Píton só vai deixar os animais comerem as frutas se eles disserem o nome da árvore. Qual será o nome? O Rei da Floresta é o único que sabe, e ele mora longe, muito longe...
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Em “Bojabi – a árvore mágica” encontramos um grupo de animais que arrastavam-se pela terra rachada [o Elefante, a Girafa, a Zebra, o Macaco e a Tartaruga] procurando algo para comer, pois, naquele tempo, que aconteceu há muito tempo atrás, um vento seco soprava sobre a África e nenhuma chuva caía. Depois de tanto procurar os animais encontraram uma árvore esplêndida, coberta com os frutos mais suculentos e maduros que já haviam visto. Porém, como toda boa história esta possui um “porém” no meio do cmainho, enrolada em volta do tronco da árvore se encontrava a maior serpente píton que os animais já tinham visto.


Eles tentam, com muito jeitinho, pedir educadamente à serpente que os deixe pegar algumas frutas, mas ela, impiedosa que só, diz que apenas o fará se eles disserem o nome da árvore. E é a partir daí que a história se desenrola.

A Tartaruga, muito sábia, relembra de uma história de sua tataravó que dizia que apenas o grande Rei da Floresta conhece o nome da árvore, mas que ele vivia muito longe dali. Eles começam então a matutar sobre qual deles poderia ir de encontro ao grande Rei descobrir o nome da árvore. Primeiro vai a zebra,  depois o macaco… e assim por diante.


A história é divertidíssima! Os animais se envolvem em algumas trapalhadas no meio do percurso, muitas delas envolvendo seus próprios egos e orgulho e o final, daqueles bem característicos das melhores histórias orais, nos deixa rindo. Mas, para descobri-lo, você precisa ler o livro! E, de preferência, o faça em voz alta, caprichando na entonação, nas caras e bocas. Garanto, a leitura fará todos a seu redor se encantarem!


Prêmios & Seleções:
• Acervo Básico FNLIJ 2014 | Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil
• Biblioteca Itaú Criança 2013 | Fundação Itaú Social



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BOJABI - A ÁRVORE MÁGICA

Autora: Dianne Hofmeyr
Ilustrador: Piet Grobler
Capa dura 
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Biruta
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Resenha: Manu e Mila


Sinopse: Céu anil, jardim florido, sol e nuvens branquinhas. Mila acordou inspirada e foi logo nomeando suas sensações com poesia. Sabia que aquela manhã deliciosa lhe traria um caminho: “Hoje é um dia perfeito para encontrar a alegria”, disse ao Manu, que logo contestou: “Mas onde encontrar a alegria?”. Em suas pequenas grandes convicções, eles foram, ao ar livre, procurar o que podia estar ali sob seus olhos. No alto de uma árvore, debaixo de uma joaninha. Manu achava uma coisa, a garota Mila encontrava outra. O que não sabiam é que essa busca tinha muito em comum: o viver, na delicadeza do que o outro nos apresenta.
André Neves.
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Creio que, hoje, André tenha se tornado meu autor preferido. Seus livros me trazem uma sensação de acalanto que, por mais que tente, não consigo explicar em palavras.
Sou do tipo que lê e se emociona, que fica com um sorrisão bobo nos lábios e os olhos marejados quando encontra um livro que aquece o coração.
Os livros do André, todos eles, sem tirar nem pôr, causam essa sensação em mim. E isso é magnífico!
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Em “Manu e Mila” acompanhamos uma dupla de crianças que num dia delicioso “jardim florido, céu anil brancas nuvens, sol macio” se questionam e refletem sobre onde se encontra a alegria. A mãe de Mila diz que a alegria pode estar em qualquer lugar, enquanto Manu contrapõe dizendo que o mundo é muito grande e duvida que a alegria esteja ali no jardim.


Mila, que me enche o coração e me faz relacionar completamente com ela [que tem ares de personalidade de Amélie Poulain] crê que a alegria está escondida nas pequenas coisas [debaixo de uma pedra. Em um pingo-d’água. Dentro de uma semente] já Manu achava que a alegria estava entre as coisas grandes [perdida em uma imensa cidade. No alto de uma montanha. Boiando no meio do oceano]. Ambos acreditam que a felicidade está nos lugares mais difíceis de procurar.


Durante a leitura, texto e imagem nos fazem refletir sobre os pequenos prazeres da vida, sobre as alegrias que encontramos em nosso caminho, sobre os encantamentos que vivenciamos em nosso dia a dia e a maneira com que enxergamos o mundo a nosso redor.


Manu e Mila, tão semelhantes em suas diferenças, trazem um frescor ao leitor que, garanto, é IMPOSSÍVEL concluir a leitura sem pôr um sorrisão nos lábios!


André possui um “tato poético” ímpar, capaz de nos comover e encantar com uma intensidade tremenda. Seu texto, sucinto em muitos pontos, e ilustrações cheias de vida, tem o poder arrebatador de aquecer qualquer coração e nos deixar refletindo sobre o que nos traz alegria. O livro, por si só, é um pequeno prazer. Uma imensa alegria.


“A alegria é uma brincadeira fujona, sabe? Algo que nos acostumamos a encontrar e a perder o tempo todo. E existem tantas alegrias [...] A alegria para mim é fazer e ver a leitura girar como uma dança”. [NEVES, ANDRÉ]
Como não se apaixonar?

MANU E MILA

Autor: André Neves
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Brinque-Book
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Resenha: Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca



Sinopse: Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca. E uma aranha. E uma ave. E um gato. E um cachorro. E uma cobra. E uma vaca. E um cavalo. Você sabe o que aconteceu? Descubra nesta premiada versão deste clássico norte-americano. Este livro, ganhador do prêmio Ópera prima durante a feira do livro infantil de Bologna 2010, resgata um texto clássico da literatura infantil norte-americana, que narra a história de uma velhinha que, sem motivos, engole uma mosca ainda viva. Para matar a mosca em seu estômago, a velhinha pensa em uma solução e é a partir daí que começa a confusão.  Além de apresentar uma história clássica, esta obra apresenta como grandes diferenciais: seu design, suas ilustrações, o formato e a tipologia usada. Tudo é inovador e complementa perfeitamente o texto, fazendo com que esta obra encante não só crianças, mas também os leitores maiores!
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Certeiro. Creio que esta é uma palavra que caracteriza perfeitamente este livro.
“Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca” é uma daquelas obras em que é IMPOSSÍVEL permanecer indiferente ao que apresenta. Seja você uma criança grande ou pequena, leitor ávido ou não. O livro é ESPETACULAR [assim mesmo, em caixa alta], pois, apresenta desde seu projeto gráfico uma maneira peculiar que prende o leitor pelo laço.


É engraçado que TODAS as vezes em que o levei para compartilhar em voz alta, sua leitura foi daquelas que mais atraiu crianças, pois, o formato diferentão do livro já chama muita atenção e, quando começam a escutar o texto, cada vez vão se aproximando mais e mais “curiosos”.


A premissa é: uma velhinha simpática e elegante, que usa óculos, maquiagem e tem bolsinha, por um motivo que a gente não sabe o qual, resolve engolir uma mosca. Assim, inteira, sem mais nem menos. A partir daí as coisas vão degringolando, ela engole um animal atrás do outro e o narrador a todo momento nos pergunta: “O QUE PODE ACONTECER? E SE ELA MORRER”?.


O texto é estruturado em forma acumulativa/repetitivo, o que torna a leitura em voz alta ainda mais prazerosa [tanto para quem lê quanto para quem o escuta].


Passei MUITO tempo atrás desse livro [infelizmente encontra-se esgotado em todas as lojas] e, ano passado, depois de muita procura, a querida @pequenosdevoradoresdelivros encontrou um link dele no Estante Virtual e, assim, consegui comprá-lo.
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Sou suspeito para falar, pois, já amava o livro antes mesmo de tê-lo em meu acervo, mas, depois que o adquiri posso dizer: amo ainda mais! Acho SENSACIONAL quando um livro com uma premissa tão “simples” é capaz de resultar nas mais diferentes reações. Me lembro que ano passado, quando o compartilhei durante o momento de recreio, uma aluna querida, Aninha, ficou estática, com as mãos sobre o rosto, esperando pra ver se ao final da história a velhinha reagiria ou reviveria, rs.


Ano passado também, durante uma formação que ministrei para professores da educação infantil do município de Fundão [com o tema “Os desafios da formação de leitores na escola”] falei sobre o livro com tanta paixão que as professoras emitiram um coro pedindo para que eu o contasse. Antes, durante e após a leitura o momento foi fantástico! Elas acompanhavam comigo as repetições do texto, riam com o que a velhinha ia engolindo e, a “cereja do bolo”, ao final, quando ela finalmente morre [não vale dizer que é spoiler pois o livro é antigo, vá] a comoção foi geral, risadas soaram e eu não aguentei também. INCRÍVEL!


Este ano já tratei de compartilhá-lo em minha nova escola e, para variar, o momento foi de sucesso absoluto!


“Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca” é unanimidade no quesito leitura compartilhada. Pode ter certeza que, lendo-o, o momento de leitura será MEMORÁVEL!



p.s.: não encontrei nenhum link disponível para compra😢  
EDIT: encontrei para compra no site da editora! CLIQUE AQUI


TINHA UMA VELINHA QUE ENGOLIU UMA MOSCA


Autor: Jeremy Holmes
Número de páginas: 16 páginas
Editora: Amarilys