Confissões de um Mochileiro Iniciante #9



Incrível como reagimos quando nos deparamos com um "novo mundo".

Nesse período de viagem tenho (re)descoberto muitas coisas sobre mim mesmo e (re)aprendido a ser diferente.

Já adianto dizendo que não sei se conseguirei me fazer entender com palavras, mas, creio que um pouco do mix de sensações conseguirei explicar.

Às vezes temos algo tão enraizado dentro de nós que nem fazemos ideia. Por conta de nossa criação. Da sociedade em que vivemos.
Enfim, por vários motivos. Somos ensinados a ser de uma determinada maneira e passamos a 'estranhar' quem não é dessa maneira.

Rodando aqui pela Europa me dou conta a cada passo do quão vasto é o mundo e o quão pequenos somos.

É realmente OUTRO mundo.

A educação das pessoas (não consegui presenciar ainda um caso sequer daquela "frieza européia" que tantos brasileiros dizem ter experienciado enquanto estavam por aqui) é algo SENSACIONAL!

Me pego admirando pequenos detalhes que para os residentes são tão banais...

Muitas lojas têm produtos expostos do lado de fora sem que ninguém fique 'vigiando'. Você pode entrar numa loja e analisar tudo o que quer e tal sem que nenhum funcionário fique em cima de você te enchendo sobre levar isto ou aquilo...

A presença dos pais com as crianças pelas ruas e praças  (não fazem mais que a obrigação, é claro, mas é algo lindo de se ver).

Na verdade, as crianças são um caso à parte da viagem. Uma mais fofa que a outra. Fazem com que o instinto Nazareth Tedesco fique aguçado.

(...)

O 'macho alfa', o homem que anda cuspindo e andando coçando o saco.... Não vi. (Ainda bem!)

A 'pinta' que eles dão pelas ruas, justamente por não ter aquela criação de que o homem deve se provar macho vinte e quatro horas por dia, é maravilhosa! O que levanta a questão: será que os boys são gays ou apenas europeus mesmo?


Ou será que estou fazendo julgamentos e tendo pré-conceitos?

Talvez por conta da minha criação ou da sociedade em que vivo eu acabe sendo mais diferente do que gostaria (e mais parecido ainda com os que convivo).

(..)

Nada disso realmente importa.

O que importa são as experiências e vivências.

A desconstrução dos paradigmas que eu sequer imaginava ter enraizados dentro de mim.

Me perdendo e me encontrando, a cada 'banalidade' que vivo.

(.)

E houve boatos de que eu estava na pior.

Se isso é estar na pior... Porra! Que quer dizer tá bem, né?

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