Refúgio Literário



(…) Sempre gostei de me refugiar na leitura. Especialmente naqueles momentos em que tudo por dentro parece uma grande cacofonia, vozes, pensamentos e inquietações em profusão que, por vezes, me fazem não conseguir manter o foco e a concentração.


Adoro os meus silêncios. Anseio. Preciso deles. Mas, confesso, muitas vezes é difícil conseguir entrar naquela zona espiritual que me permite aproveitá-los por completo.


No entanto, ao abrir as páginas de um livro, sinto como se as palavras agissem como um filtro, suavizando a tempestade interna e guiando-me para um oásis de calma (por mais que, em muitos casos, estou lendo livros que são verdadeiras pancadas).


É como se cada frase fosse um fio condutor, tecendo uma trégua entre o tumulto mental e a serenidade desejada. A leitura torna-se, assim, não apenas um escape, mas uma jornada para encontrar a harmonia nos meus próprios silêncios.


(.)

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