Resenha: O menino que desenhava monstros


Sinopse: Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal.
Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar. Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais. Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.


     Em O Menino que desenhava monstros somos apresentados à família Keenam. Holly, a mãe, Tim, o pai e Jack, o filho, vivem juntos na “casa dos sonhos”, em frente ao oceano e parcialmente isolados do mundo exterior.


     A trama da história gira em torno de Jack Peter que tem Síndrome de Asperger. Apesar das limitações impostas por sua Síndrome, Jack, quando mais novo, levava uma vida parcialmente “normal”. Porém, ao sofrer um acidente com seu amigo Nick [os dois quase se afogaram], Jack desenvolveu uma fobia a lugares externos.


     Ele passou a não sair mais de casa.


     E é a partir dessa premissa que a história se desenvolve.


     A mãe de Jack, Holly Keenam, trabalha num escritório e Tim, o pai, trabalha nas casas da região e é responsável por cuidar do filho durante o dia [ele fica em casa com o menino]. Na história também somos apresentados à família Weller, cujo Nicholas [Nick, melhor e único amigo de Jack] faz parte.


     De tempos em tempos Jack e Nick desenvolvem pequenas “obsessões”, atividades que fazem constantemente até que surja outra ocupação para tomar-lhes a atenção. Mas, de uns tempos para cá, Jack Peter não quer fazer mais nada além de desenhar monstros.
Nick, seu único amigo, não tem mais muita paciência para os devaneios e chiliques de Jack e, insistentemente, pede à seus pais para deixa-lo em casa sozinho ao invés de deixa-lo na casa dos Keenam onde, corriqueiramente, acontecem coisas estranhas.


     O Menino que desenhava monstros parte de uma boa premissa, mas, confesso, em alguns momentos achei a história um pouco arrastada. Talvez seja uma característica minha, mas, eu gosto de ler um livro “direto”, sem muitas interrupções [a não ser as obrigatórias de trabalho e tal], mas, com este livro, muitas vezes me peguei interrompendo a leitura por conta própria. Apesar de sentir um desejo absurdo de saber qual seria o desfecho da história e como sanariam todas as questões levantadas durante o desenvolvimento da trama.


     O livro alterna entre momentos focados em Jack Peter, momentos focados em seus pais e em Nick. Talvez por isso eu achei a história um pouco arrastada. Confesso que me senti muito mais interessado por toda a pesquisa feita pela mãe, Holly, quando começou a ter “alucinações” e a ouvir vozes estranhas, do que realmente pela história de Jack Peter.


     No decorrer da leitura vamos percebendo que tudo o que surge para assustar a casa e seus moradores/frequentadores é fruto da imaginação do menino Jack [e o título do livro também deixa isso bem claro, rs], mas, acompanhamos a angústia dos personagens ao se depararem com criaturas e monstros rondando seu lar, sem saberem o que fazer.


     O livro, apesar de ser levemente “arrastado”, proporciona um bom entretenimento. Conforme o final e o desfecho foram se aproximando fui me sentindo inquieto, pois, tinha certeza de que me decepcionaria. Mas, pelo contrário, achei o final satisfatório e, por incrível que parece, o autor conseguiu me surpreender com o twist final.



     Vale a pena, especialmente nesses dias chuvosos. 

     O trabalho editorial da DarkSide, sem querer me repetir [mas já me repetindo…] é PRIMOROSO! Ao final do livro encontramos páginas em branco para desenharmos nossas ANGÚSTIAS, MONSTROS, AFLIÇÕES, MEDOS…


O menino que desenhava monstros

Autor: Keith Donohue
Capa dura
Número de páginas: 256 páginas
Editora: DarkSide 
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Sobre o descobrimento de uma paixão chamada Educação ♥

     
     Este memorial foi escrito no ano de 2012, quando cursava o 2º período do curso de Pedagogia nas Faculdades Integradas de Aracruz - FAACZ. Esta atividade foi proposta pela excepcional professora Rita de Cássia Mitleg Kulnig que, nesta ocasião, lecionava a disciplina de Pesquisa e Prática de Ensino I.



Meu nome é Helder Guastti da Silva, nasci em João Neiva, Espírito Santo, enquanto esta ainda era distrito de Ibiraçú. Sou filho de Rogéria Guastti.


Ingressei na creche, onde minha mãe era diretora, praticamente desde que nasci (a creche fica em frente a minha casa). Mas só fui matriculado aos três anos de idade, em 1990. Chorava todos os dias, apesar de gostar muito daquele ambiente. Eu queria ficar na sala da diretora com minha mãe, eu não queria ficar na sala de aula com a professora.


Quando completou 3 meses que eu estava matriculado e resistindo a ficar na sala e ainda chorando muito, na hora do lanche minha mãe falou que tinha um recado para dar e disse que aquele era o último dia em que eu iria para a creche, que agora eu só ficaria em casa pois eu só ia ali para chorar.


No outro dia, bem cedo, ainda escuro, minha mãe ouviu um barulho de gaveta abrindo e lá estava eu, procurando um uniforme para ir para a creche.


Os momentos passados na creche foram muito importantes, estabeleci algumas relações ali que trago em minha vida até hoje.
Uma memória desse período que é bem “viva” em minha mente é a de que havia uma professora na Creche que era muito “bruta” com as crianças, ignorante e não tratava a todos da mesma maneira.  Lembro-me de, na hora do jantar, jogarmos a beterraba debaixo da mesa, pois ela queria obrigar todos a comerem, não respeitando aquelas crianças que não gostavam de beterraba.


Muita coisa do período em que vivi na creche eu “absorvi” e trago na minha vida profissional hoje. Éramos muito amados e tratados com uma afetividade constante. Lembro-me bem das datas comemorativas na creche, eram todas “celebradas”.


O carinho e amor que recebi na Creche serviram de exemplo para minha prática como profissional, busco sempre entender minhas crianças, respeitando seus limites próprios e suas singularidades, para assim poder realizar um trabalho “melhor”.


Aos 5 anos eu já lia e escrevia tudo.


Aos 6 anos fui para o Barão de Monjardim e minha professora na primeira série foi Tia Célia, ela dava “cartõezinhos” para os “melhores alunos” (aqueles que desenvolviam todas as tarefas, bom comportamento, etc.) eu recebia todos os cartões.


Meu período escolar “favorito” foi o ensino fundamental, em que passei na EMEF “Barão de Monjardim”. Eu era uma criança tímida, mas sempre participava de teatros e apresentações diversas. O lado cultural era muito valorizado na Escola, sempre havia apresentações envolvendo os alunos e valorizando a integração dos alunos com todo o corpo escolar.


Os professores que tive no “Barão de Monjardim” foram maravilhosos! Contribuíram muito para eu tornar-me quem sou hoje. Até hoje chamo minhas antigas professoras de “Tia”.


Minhas professoras no “Barão de Monjardim” foram: Tia Célia na primeira série, Tia Rita Velasco na segunda série, Tia Rita dos Santos na terceira série e Tia Carla (que também é minha madrinha) na quarta série. A diretora era Alice Helena Barroso.


Uma lembrança muito marcante que tenho da minha quarta série foi que, quando estávamos estudando o sistema respiratório, Tia Carla levou um pulmão de boi para a Escola para observarmos o sistema circulatório. Fiquei fascinado! As aulas eram sempre muito interessantes, as professoras buscavam meios diferentes e muito interessantes de fazerem os alunos ficarem cada vez mais motivados a estudar. Não eram aulas monótonas e sempre havia a interação entre professor/aluno, algo que contribui muito para o desenvolvimento em sala de aula.


A Escola realizou uma gincana onde foram envolvidas todas as turmas. As turmas eram divididas em equipes mistas e havia muitas atividades e brincadeiras que envolviam toda Escola; o que promoveu uma interação maior entre os alunos de diversas turmas e professoras. Lembro-me que numa dessas gincanas o nome da minha equipe era “Amarelinha” (que por sinal ajudei a escolher) e eu ganhei como “barão” da gincana (uma daquelas atividades onde os alunos e pais vendem algumas “cartelinhas” de votos e o aluno que vender mais “votos” ganha).


A passagem da quarta série para a quinta série foi um pouco “chocante” para mim. A escola onde se estudava da 5ª a 8ª série era muito grande e bastante diferente do Barão de Monjardim.


A escola chamava-se “Escola de Primeiro Grau João Neiva”. Sinceramente eu não aproveitei em nada meu período nessa escola. Os professores não eram bons. O ensino era muito fraco. Confesso que não me recordo o nome de muitos professores deste período, nem o da diretora. Lembro-me da coordenadora, ela era daquelas que acreditava que para se ter respeito por parte das crianças era preciso fazer com que elas temessem-na. Ela tratava todos aos gritos e era muito autoritária.


Minhas matérias favoritas eram Português e Inglês. Eu sempre fui um aluno muito dedicado, cobrando muito de mim mesmo.


Minha mãe também é professora, e tiveram alguns momentos em nossa vida em que ela precisou trabalhar três horários (matutino, vespertino e noturno) para nos manter. Eu ficava em casa sozinho e sempre realizei minhas tarefas de casa e trabalhos da melhor maneira que encontrava. Eu acreditava que para “compensar” todo o trabalho de mamãe eu precisava fazer minha parte também, então eu sempre busquei conseguir um bom aproveitamento das aulas e tirar notas boas, porque eu sabia que era o “mínimo” que eu podia fazer.


Sempre gostei muito de ler e vivia indo à biblioteca municipal.


Durante esse período eu “trabalhava” com uma turma de catequese para crianças de sete e oito anos de minha comunidade.


Ao terminar a oitava série eu fiz a prova para ingressar no CEFET. Sinceramente eu não tinha desejo algum de estudar lá, mas era um “sonho” de minha mãe, por isso o fiz. Fiquei na suplência e, após estudar uma semana na EEEFM João Neiva, fui chamado para ingressar no CEFET.


Mais uma vez passei por uma mudança brusca. A realidade era muito diferente daquilo que eu estava acostumado. O ensino que recebi no período até a oitava série foi meio que insuficiente para os padrões do CEFET. O ensino recebido por mim durante o ensino fundamental dois foi precário, não deu muita base para que eu pudesse me desenvolver de uma forma consistente no futuro.


O período no CEFET foi turbulento. Uma avalanche de informações, conteúdos, uma nova realidade que era difícil de acompanhar. Tinha de dedicar-me todo o tempo à Escola. Muitas vezes ia às sete da manhã para Colatina (onde a escola estava situada) e voltada às sete da noite. Era tudo muito intenso, muito complicado.


Mas esse período ao mesmo tempo em que foi ruim, foi bom. Conheci pessoas maravilhosas e aprendi muitas coisas que me ajudaram na minha vida pós-CEFET. Questões de normalização técnica, como realizar um bom trabalho científico, melhor aproveitamento do tempo de estudo, disciplina e dedicação, foram algumas das coisas que aprendi no CEFET e trago em minha vida até hoje.


Foi durante esse período que eu tive aquele que considero meu “melhor” professor, seu nome é Alaércio e ele deu aula de Filosofia para mim enquanto eu cursava o primeiro ano. A forma como ele ministrava suas aulas era diferente de tudo o que eu conhecia. Ele nos instigava, fazia-nos querer participar das aulas ativamente, propiciava um ambiente onde não só ele falava, mas nós como alunos podíamos participar, dando opiniões, ideias, participando de discussões. Alaércio fazia-nos olhar para nós mesmos, a fim de nos encontrarmos como seres humanos e refletirmos sobre quem somos, o que fazemos, como chegamos ao ponto em que estamos, o que almejamos para o futuro e como deveremos prosseguir para buscar concretizar nossos sonhos. Suas aulas foram de grande valia para mim. Aprendi muito com sua forma de trabalhar; um traço marcante que trago hoje em minha forma de agir (não só no trabalho, mas também em minha vida pessoal) e que aprendi com ele foi que, algumas vezes, por mais que sintamos que não temos nada a oferecer ao próximo, podemos sempre “oferecer” nossos ouvidos e nosso ombro aos amigos.


Estudei o primeiro ano e, quando estava na metade do ano durante meu segundo ano, eu decidi que seria melhor para mim se eu saísse da escola. Foi uma decisão muito difícil porque eu sentia que estava ‘desapontando’ minha mãe ao tomar essa atitude, mas infelizmente não tinha como continuar.


Entrei na EEEFM João Neiva no meio do ano. A diferença do ensino nessa escola em relação ao que eu estava vendo no CEFET era enorme. Algumas coisas que estavam começando a aprender no segundo ano eu já havia aprendido no primeiro ano no CEFET.


O período que passei na EEEFM João Neiva foi agradável, reencontrei alguns amigos de infância que há muito tempo eu tinha perdido o contato e não via mais.


Meu período do segundo ao terceiro ano foi marcado por muitas mudanças em minha vida. Eu estava passando por uma fase de redescobrimento. Passei muito tempo sem expressar meus pensamentos, me reprimindo em função da felicidade alheia. Chegou um momento em que eu não aguentava mais não “ter uma identidade própria”, portanto eu decidi que estava na hora de expor meus pensamentos, expressar-me sem repressões (a grande questão que mais me incomodava é que eu mesmo reprimia meus pensamentos).


Meu comportamento mudou um pouco na escola. Confesso que “matei” muitas aulas, conversava demais, mas nunca deixei minhas notas caírem, nem diminuí meu rendimento.


No período de Ensino Médio uma das “coisas” que mais gostei de estudar foi a mitologia grega. Porém minhas matérias favoritas eram Língua Portuguesa, Geografia e Inglês.


Uma lembrança muito marcante durante este período foi um “deslize” absurdo que a minha professora de língua portuguesa cometeu durante uma aula, estávamos fazendo uma atividade em que era citado o museu do Louvre, uma aluna questionou a professora perguntando o que era Louvre e a professora simplesmente respondeu: “Louvre é uma boutique que fica em Paris”.


Lembro-me da professora de Inglês, Geovana, que, apesar do “descaso” e falta de interesse por grande parte dos alunos, dedicava-se e buscava sempre trazer formas diferentes de dar a sua aula. Recordo-me de quando ela nos dividiu em grupo e pediu que ensaiássemos uma música e a apresentássemos para a turma; esta foi uma atividade muito interessante porque ela nos incentivou e motivou-nos a fazer um bom trabalho visando, além de uma boa apresentação, uma “maior” aprendizagem. Situações, atividades e dinâmicas diferentes (que fogem à rotina diária) fazem com que sintamo-nos mais empolgados, mais determinados em realizá-las; é o que se faz necessário hoje: saber utilizar formas, métodos e instrumentos capazes de fazer da Escola um ambiente mais “atrativo” aos olhos dos alunos.


Neste período eu vivia em conflito constante com a diretora da Escola. Ela havia sido minha diretora no “Barão de Monjardim”, era muito amiga da minha mãe e dizia-se estar preocupada com o meu bem-estar, porém estava julgando meu modo de vestir e agir com completa tirania. Ela não aceitava o fato de eu ser diferente; eu não era muito convencional e isso fazia com que as pessoas olhassem para mim com um olhar meio “desconfiado”. A diretora tentou me reprimir, mas eu me impus e tentei mostra-la que não há mal algum em ser diferente, não é o modo como você se veste que vai definir seu caráter. Um grande defeito dos professores é querer fazer de seus alunos seres “homogêneos”; ao invés de abraçarem as diferenças e fazer das singularidades e características próprias de seus alunos aliadas ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.


Durante meu terceiro ano no ensino médio eu pensava em trabalhar com moda ou jornalismo. Cheguei a prestar vestibular para Design de Moda na UVV, mas, por algumas “ironias do destino”, não cheguei a ingressar no curso.


Após terminar o ensino médio eu não estava certo sobre o que eu gostaria de fazer em relação a meu futuro. Não tinha me decidido ainda quanto a uma profissão.


No ano de 2008 ocorreu uma mudança drástica em minha vida [...] Comecei a trabalhar como professor de informática na EMEF “Barão de Monjardim” (onde estudei da 1ª à 4ª série). O dia-a-dia na Escola, o contato com as crianças, tudo foi fazendo com que eu me apaixonasse. Identifiquei-me muito e passei a ver aquela realidade, a realidade escolar, como parte de mim. Encontrei na Escola e no trabalho com crianças a “motivação” que eu precisava em minha vida. Sempre senti uma “urgência” dentro de mim, uma necessidade que nunca conseguia suprir, um vazio que nunca conseguia preencher e, após o trabalho com as crianças, fui percebendo que me sentia mais feliz e completo quando estava envolvido com elas. Descobri aquilo que alguns chamam de “dom” ou vocação.


Decidi, então, cursar Pedagogia. Porém, ingressei numa faculdade de ensino à distância. Uma das maiores “furadas” de minha vida. Tínhamos uma aula presencial por semana, mas nessas aulas não acontecia nada, no começo eram passadas algumas “vídeo-aulas”, mas, após mais ou menos um mês de aula, íamos apenas para conversar.


Decidi abandonar a faculdade à distância e resolvi cursar Pedagogia presencialmente.


Hoje eu posso afirmar que não sei viver sem meus pequenos. São eles que me motivam a crescer, a ir cada vez mais em frente. Busco aprimorar-me e melhorar não só por mim, mas também por eles. Eu quero sempre dar o meu melhor; ajudá-los a enxergar o mundo com outros olhos, ampliar sua visão de mundo. Mostrá-los que o futuro pode ser o que eles quiserem que seja e a realização de seus sonhos depende do seu esforço.


Procuro mostrar às crianças que através da Educação eles conseguirão alcançar tudo aquilo que desejam. Tento fazer da Escola um ambiente atrativo a seus olhos, para que eles sintam-se motivados a frequentá-la, não apenas porque são “obrigados” a ir, mas também por terem vontade, necessidade e desejo de aprender, de mudar, de crescer.


Procuro “passar” às crianças o mesmo amor que eu sentia (e ainda sinto!) em estudar, o mesmo prazer. Faço o meu trabalho com muito amor e dedicação e procuro, por meio dele, criar uma relação entre as crianças e a Escola; respeitando as individualidades, conhecimentos prévios das crianças, suas visões de mundo e suas relações com o meio social em que vivem, essa relação dar-se-á de maneira mais dinâmica e prazerosa.


Estou amando o curso de Pedagogia; o processo de transmissão/assimilação de conhecimentos é intenso. Sinto que, após terminá-lo, terei uma base sólida de conhecimentos para utilizar na minha carreira como profissional da educação.


A escrita deste memorial reavivou muitas memórias, muitas lembranças que há muito tempo eu não parava para pensar. Ao olhar para o passado, “reviver” toda minha trajetória escolar, pude perceber que tudo o que vivi durante meu período escolar acarretou na minha tomada de decisão pelo curso de Pedagogia. Direta ou indiretamente consigo ver em mim hoje todo o meu percurso escolar e as influências daqueles que passaram em meu caminho.



“O professor que tivemos reaparece no professor que somos”.  As influências dos meus professores estão presentes em mim. Têm aqueles que eu penso “de jeito nenhum farei como ele!” e têm aqueles, é claro, que são exemplos a serem seguidos. De uma forma ou de outra, negativa ou positivamente somo influenciados pelos nossos professores. E eu, hoje, procuro analisar-me constantemente para saber como e até que ponto eu influencio meus pequenos; reflito sobre minha prática, sobre minhas atitudes e falas, avalio-me, pois, querendo ou não, nós, professores, somos os “modelos”, os “exemplos” que os alunos têm no seu dia-a-dia. Devemos estar conscientes da importância de nosso papel para a vida do aluno. 

Conto: Transgressão


Transgressão


            3:33 AM.

            Levanta-se da cama e sente suas pernas formigarem.

            Nunca conseguiu compreender o porquê de já acordar sentindo dores. Seria o stress tomando conta de seu corpo ou a idade avançada já estava mostrando seus efeitos?

            Seguiu até o banheiro e, lavando o rosto na pia, encarou a face que olhava de volta para si através do espelho. O que fez para merecer um retrato tão grotesco de si mesma? Os anos de glória tinham ficado para trás, mas, ainda hoje, tinha suas obrigações e perder tempo relembrando o passado não tiraria Ele do seu encalço. Era preciso cumprir suas funções calada, ou o pior poderia acontecer.

Há anos que Greta era fada madrinha. Na verdade, desde que nasceu sabia que estava predestinada a cumprir esta função. Sua mãe havia sido fada madrinha, sua avó, sua bisavó… Enfim, sua árvore genealógica era repleta de fadas madrinhas e, sem ter outra escolha, ela também foi fadada a esse destino.

A vida de uma fada madrinha não era nada parecida com o que os contos dos humanos demonstravam. As fadas eram submissas ao tirano, soberano das profundezas e detentor de todas as almas. As obrigações de uma fada eram das mais variáveis, mas, engana-se quem pensa que elas existiam para cuidar de meninas desprotegidas e acalentar os corações oprimidos.

As fadas madrinhas existiam para carregar almas até o submundo. Acompanhavam a vida inteira de sujeitos seletos e trilhavam um árduo e tortuoso caminho de sofrimento e destruição, até que a criatura amadrinhada optasse pelo suicídio, dando fim à sua vida e deixando sua alma livre para ser recolhida pela fada e encaminhada até o inferno, onde o sofrimento seria eterno e Ele se alimentaria de toda a dor e desgosto sentido pelas criaturas.

Há muito tempo que Greta deixou de ressentir-se de sua função e buscava sempre agir conforme ordenava o Soberano, pois, sabia que as consequências de uma possível rebelião eram penosas.

Naquela madrugada, hora perfeita para observar seus afilhados, Greta dirigiu-se ao mundo humano, subindo pela fenda que interligava o submundo à superfície e, ignorando os olhares dos guardas dos portões, subiu com olhar intenso e postura austera, sentindo que seria hoje que aquela infame criatura sucumbiria ao sofrimento e tiraria a própria vida.

Greta tinha apenas um afilhado no momento, apesar de não ter uma grande paixão por sua função, ela era uma fada madrinha extremamente eficaz e, como Ele sempre dizia, uma das mais rentáveis, trazendo muitas almas ao inferno para o Soberano devorar.

Seguiu rumo à deplorável construção onde vivia seu afilhado. Pedro, com vinte e oito anos de idade, não havia realizado nada de louvável nesta vida. Viciado em drogas, tinha afundado sua família em dívidas e amargura. Saiu da casa dos pais muito novo e passou a viver de pequenos assaltos, a fim de suprir sua necessidade de heroína. Greta sentia uma repulsa enorme por aquele indivíduo e sabia que aquela alma não seria de grande valia para seu mestre, mas, como mandava a obrigação, ela precisava observar aquele imundo para que, no momento em que morresse, fosse direcionado ao inferno.

Sendo invisível a olhos humanos, ela sentou-se num canto escuro, observando o infeliz retornar de uma noite nefasta, onde havia matado um casal de idosos durante um assalto; em suas mãos estavam uma seringa e um embrulho que, provavelmente, continha a droga.

Sentou-se num colchão podre de tão sujo, cheio de manchas de vômito e sangue, removeu o cinto de sua calça e prendeu-o a seu braço, retirou do embrulho uma substância que pôs sobre uma colher que estava encima do colchão, pegando o isqueiro do bolso, esquentou a colher, fazendo a substância ficar diluída e, usando a boca para auxiliar no uso da seringa, pôs o conteúdo da colher dentro da seringa. Levou a seringa até sua veia e, instantaneamente, deitou-se, sendo levado pela onda voraz que a droga infligia em seu corpo, deixando-o levitar pela existência e fazendo-o sentir-se o mais poderoso dos homens. Com os olhos fechados, Pedro balbucia palavras que Greta não conseguia distinguir daquela distância, mas, asqueroso como era, ela preferia não se aproximar e evitou encarar muito aquele humano infame que tinha se tornado seu carma. Ela não via a hora de ele se matar e acabar com o sofrimento que ela passava, pois, apesar dos pesares, ela já tinha amadrinhado algumas criaturas graciosas e não via a hora de outro humano considerável chegar a sua vida, amenizando seu próprio sofrimento enquanto ela infligia-lhe mais e mais dor.

Passados alguns minutos, Greta sentiu-se estranha; como se alguém a observasse. Levantou os olhos e notou que Pedro, agora sentado no colchão imundo com o cinto ainda preso em seu braço, olhava em sua direção.

Mas como isso era possível? Ela era invisível a olhos humanos. Provavelmente o infeliz estava delirando devido a maldita droga.

— Você veio me buscar anjo da morte? – bradou o infeliz sentado no colchão com a boca espumando.

— Você consegue me ver criatura? – disse Greta com escárnio e incredulidade ecoando em sua voz.

— É claro que consigo te ver demônio estúpido! – bradou o viciado com seus lábios pálidos e sem vida – Agora me responda: você veio me buscar anjo da morte? – os olhos de Pedro estavam brancos e opacos, sem a chama da vida.

Sentindo um tremor em seu interior, a fada madrinha, pela primeira vez em toda sua vida, ficou sem palavras. Como aquilo era possível? Ele ainda não estava morto, porém, conseguia vê-la… A magia em seu interior estalou e Greta sentiu seus sentidos anuviarem. Quando pensou em levantar e encarar o miserável, ele levantou-se e, como num feixe de luz, chegou à sua frente. Ficando rente à seu rosto e encarando-a com seus olhos brancos. Por um minuto ela pensou reconhecer aqueles olhos, mas, isso era impossível. Não podia ser ele…

— Então, é assim que cumpre o seu papel criatura inferior? Não consegue nem exercer a mínima das funções? – a voz ecoou gélida em seus ouvidos e, num lampejo de consciência, ela a reconheceu.

— Soberano? Mas, como é possível? – tentou mostrar-se firme e forte, porém, sua voz soou como uma súplica.

Estendendo a mão direita e fechando o punho ao redor do pescoço de Greta, Pedro, que agora ela sabia que estava possuído pelo espírito d’Ele, o rei do submundo, apertou com uma força descomunal, levantando a fada madrinha do chão.

— Minha paciência para servos como você chegou ao fim, escória! Já tenho força o suficiente e não preciso mais de miseráveis como você para cumprir meu serviço. Agora já posso vir à superfície e recolher eu mesmo as almas de que necessito. Sempre tive uma dúvida: quão forte serei depois de degustar a alma de uma fada madrinha? Bom, vamos experimentar…

Abrindo a boca pálida do humano, Ele começou a sugar a energia de Greta, fazendo com que a fada madrinha sentisse a vida e magia exaurindo-se e sendo expelida de seu corpo.

Num lapso momento de loucura e coragem, a fada fechou os olhos e, com toda a força possível, sentindo emergir de seu interior e entranhas a essência da magia demoníaca, explodiu num feixe de luz que inundou o local. Sugando sombras e escuridão.

Do alto do teto, observando com curiosidade as chamas lá embaixo, Greta, agora resumida a um corpo celeste, uma alma sujeita a vagar eternamente pelos confins do submundo, notou seu corpo (ou o que restou dele) em frangalhos, partindo-se com as chamas e resumindo-se à cinzas. Enquanto o corpo de Pedro jazia completamente desfigurado, numa espécie de gosma preta que se espalhava e ia de encontro às cinzas de Greta.

Sentindo um vigor nada familiar ela sentiu-se, pela primeira vez, feliz. Não tinha mais que prestar contas a ninguém.

Quando se preparava para sair dali, viu abrir-se a fenda que levava ao submundo.

Surgindo como trevas e escuridão em meio à tempestade, Ele a olhava com um sorriso profano nos lábios deformados e um brilho obscuro nos olhos demoníacos.

— Mas que honra! Vejo que decidiu viver comigo eternamente. – a voz cortou-lhe feito navalha, sentiu seu corpo retrair-se, involuntariamente, aproximar-se d’Ele – Venha, tenho planos para você. Sua alma é deliciosa e terei prazer em degustá-la aos poucos enquanto sofre meus tormentos.


Sentindo como se mil facas cortassem-lhe a face, a fada madrinha foi levada aos confins do submundo, onde sucumbiu a toda desgraça e padecimento que o Demônio pôde lhe infligir.

Resenha: Menina Má ♥

Não se deixe enganar por esta capa linda igual a barbiezinha! ♥


Sinopse: Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
Menina Má é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, de O Chamado, e o serial killer Dexter


     Dois dias.


     Este foi o prazo em que concluí esta leitura.


     Que livro incrível!


     Minha vontade, desde o início, era dissecá-lo e devorá-lo ferozmente a fim de descobrir o desfecho.


     Em Menina Má acompanhamos a história de Rhoda, uma menina doce [aos olhos alheios], porém, de uma frieza e autoconsciência atípicas para uma criança de sua idade.


     Rhoda vive com sua mãe, Christine Penmark, enquanto seu pai viaja a trabalho. Elas são recém-chegadas numa nova cidade e, a princípio, não sabemos ao certo o motivo que acarretou sua mudança da cidade antiga. Porém, no decorrer da história, vamos entendendo e absorvendo os fatos que as levaram até ali.


     O livro permeia a história de Christine e Rhoda e nos apresenta outros personagens tão fascinantes quanto elas. Acompanhamos o dilema de Christine Penmark ao perceber que sua filha não é o que ela esperava que fosse e, tendo de lidar com um sentimento dúbio e ambíguo, ela se questiona [e nos faz questionar com ela] qual a solução para seus temores. Dividida entre o instinto maternal e protetor para com sua filha e o desejo e ânsia de justiça, Christine vai se deparando com questões que fogem de suas mãos. Ao se aprofundar em sua própria história ela descobre que, infelizmente, a solução de seus problemas está bem longe de seu alcance…


     Terminei a leitura do livro agora e, imediatamente, senti a necessidade de vir aqui escrever sobre ele. Posso confessar uma coisa? Como eu gostaria de ter escrito esta história! Sério. William March foi extremamente feliz ao abordar as mais diversas questões em seu romance. E tudo de maneira sublime e fantástica! A maneira com que ele descreve Rhoda e suas características é fenomenal. A menina é uma das melhores personagens que me deparei até hoje. Sem exageros. Dona de um intelecto bem além de sua faixa etária e uma inteligência perspicaz, capaz de manipular todos à sua volta, Rhoda é uma daquelas personagens que você ama e odeia ao mesmo tempo.



     Sou muito fã de obras de terror e suspense, de monstros e afins, mas, sinceramente, nada é tão fascinante quanto obras que permeiam o subconsciente humano. As diversas nuances psicóticas e medos interiores que carregamos conosco. Menina Má, assim como Psicose e muitas outras obras, consegue nos fazer refletir sobre a psique humana. Explorando o lado doentio e assombroso que optamos por não enxergar, Menina Má nos faz questionar: será que o mal é inato ou somos condicionados pelo ambiente em que vivemos e resultado daquilo que experienciamos? Há uma ‘semente do mal’ que nos torna as criaturas psicóticas que somos?


*Falar sobre o excelente trabalho editorial da DarkSide já está se tornando redundante. Este livro, como todos os outros da editora, mantém o [assustador] nível de qualidade da DarkSide.


Menina Má

Autor: William March
Capa dura
Número de páginas: 272 páginas
Editora: DarkSide 
Compre na Amazon clicando aqui



Confabulando ♥ Espaço de Leitura


    
Vivendo pelos livros. Pela educação. Pelas crianças... Vivendo para o amor ♥



     Queridos, no próximo ano, mamãe eu abriremos uma SALA DE LEITURA aqui em nossa casa. Uma espécie de biblioteca/espaço cultural onde as crianças poderão vir no contraturno passarem o tempo e ler muitos livros e ouvir histórias e se divertir e evitar ficar muito tempo ocioso pelas ruas.



     Já estamos analisando e trabalhando nas questões de LOGÍ$TICA e de E$PAÇO. O ambiente será aqui em nossa própria casa, totalmente idealizado para prover um local aconchegante e interessante para as crianças mergulharem no mágico oceano das palavras.


     Utilizaremos os livros que já possuímos e, como esse projeto demandará muito investimento [no que cerne compra de materiais e estruturação do ambiente, o que arcaremos por nossa conta], gostaria de pedir DOAÇÕES DE LIVROS a todos vocês. 


     Quem tiver livros infantis, de literatura, revistas em quadrinhos, mangás em boas condições e puder nos ajudar, ficaremos muito gratos.


     Acreditamos no poder transformador da leitura e na mágica sensacional dos livros e queremos realizar uma mudança [positiva] na comunidade.


     Contamos com você!


     Vamos espalhar afeto e plantar as sementes para um melhor futuro; cheio de leitores e cidadãos questionadores.


     Participe conosco da REVOLUÇÃO DO AMOR!


     Juntos somos mais fortes!

Atividades ♥ Uma faxina assombrosa! § Situações-problema - Adição & Subtração


     Hey, hi, olá, como vai?
Imagem meramente ilustrativa para te fazer sorrir ♥


     Sei que não preciso me justificar, mas, os posts de atividades têm sido mais escassos, pois, nas últimas semanas estou bem focado em concluir um livro de contos de assombração que pretendo lançar logo no início do próximo ano. Portanto, em meio a revisões, escritas, reescritas, diagramações e projetos futuros, dei uma pequena diminuída nas atividades, mas, tenho muitas aqui e farei o possível para manter um bom ritmo de postagens e compartilhamentos.


     As atividades de hoje são de Matemática e envolvem um pouco de produção textual. O "tema" central das atividades é o que aconteceu depois do Halloween. Nossa personagem Esdrúxula, a bruxa, se vê com a cabana de pernas para o ar e o cemitério para arrumar! Mas, festeira como ela é, acaba sujando mais coisas quando termina a arrumação.


     O arquivo é pequenino, possui duas páginas com cinco situações-problema [será que eu amo trabalhar com elas?]


     Em minha opinião, estas atividades podem ser trabalhadas com turmas de 1º a 3º ano, e/ou com alunos que ainda possuem dificuldades em matemáticas. São atividades simples, porém, que podem contribuir para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático.
   

     Quando eu era cuidador trabalhava MUITAS atividades nesse estilo. Sempre as considerei uma "mão na roda" no processo de alfabetização matemática e inserção no universo das situações-problema mais complexas.


     Bom, sinta-se à vontade para realizar as adequações/adaptações que considerara necessárias para a aplicação com sua turma [aumentar as quantidades, trocar os números, etc.]. O arquivo habilitado para edição estará no final do post.

*Para salvar clique com o botão direito do mouse sobre a imagem desejada e aperte em "Salvar link como..."


LINK PARA DOWNLOAD DO MATERIAL COMPLETO:



Clique no link ao lado, faça login na conta de sua preferência [Microsoft ou Facebook] e, em seguida, aperte em BAIXAR [na janela que se abrirá]>>> Uma faxina assombrosa!


  *Peço que, se tiver interesse em utilizá-las e/ou compartilhá-las, utilize o link de compartilhamento do blog para as redes sociais e, por favor, lembre-se de dar os devidos créditos (:

Um parágrafo sobre a solidão.

     

     
     Sabe, às vezes parece que o mundo é tão cheio de pessoas vazias. por mais que o planeta Terra seja tão imenso, até hoje não consegui encontrar uma pessoa sequer que não me decepcionasse. É claro, sei que não devemos criar expectativas, elas são desleais e nunca equivalem à realidade. Talvez a culpa seja minha por esperar demais, quando não deveria esperar nada dos que estão à minha volta. Mas, como conseguir seguir em frente sendo que a solidão se faz tão presente? É simples: abrace suas imperfeições, celebre seus defeitos e a solidão se tornará uma grande companhia. Você aprenderá muito mais sobre si mesmo e o mundo tornar-se-á apenas o seu quintal, onde você pode alcançar o que quiser.