Resenha: Um dia, um rio ❤



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Recebi Um dia, um rio há certo tempo, mas, não estava conseguindo encontrar palavras para vir descrevê-lo e “explicá-lo” de maneira que fizesse jus à sua perfeição.


Sim.


Este é um livro perfeito.


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A única palavra que me vem à cabeça para dissertar sobre esta espetacular obra de Leo Cunha e André Neves é: BREATHTAKING. Um dia, um rio é de tirar o fôlego, capaz de mexer com o emocional do leitor de maneira sublime, poética e lírica.


“Acredito que o papel deste livro, antes de mais nada, é encantar o leitor pela arte da palavra e da imagem. É o maior papel da literatura infantil. Além disso, esse livro vai tratar de forma poética e delicada um tema pesado e importante da nossa época: a valorização da natureza, dos rios, das praças, das comunidades, do convívio social, das brincadeiras  infantis, todos postos em risco pela ganância das grandes empresas que não fazem o mínimo para nos proteger”, explica o autor Leo Cunha.


O livro traz a história da tragédia que assolou a Bacia do Rio Doce no ano de 2015. No livro o rio é retratado na forma de uma criança simples e inocente que, sem esperar, encontra-se diante de uma máquina gigantesca e assombrosa que a inunda com lama e lixo, desestabilizando sua vida e virando do avesso sua realidade.



“Eu era melodia... Hoje sou silêncio”
[minha passagem favorita do livro. Quando o li pela primeira vez arrepiei ao ler estas palavras e observar as ilustrações]




Uma lamúria… Uma lamentação… Um dia, um rio é um grito de socorro. Grito este que sai de dentro da garganta de um rio que, sem poder se defender, acabou sendo invadido e impregnado pela destruição humana.


“Meu leito virou lama,
Meu peito, chumbo e cromo.
Minhas margens, tristeza.
[...]
Com lágrimas de minério, vou sangrando até o mar.”


É impossível não se emocionar. Especialmente por ser algo tão recente, tão “fresco na memória”, uma tragédia de magnitude nunca vista antes em toda a história. Um terror que assombra os subconscientes de todos.


Um dia, um rio não é apenas um livro infantil.

É poesia.

É arte.

É lamento.

É amor.

*Livro recebido em parceria com a Editora Pulo do Gato


Um dia, um rio

Autor: Léo Cunha
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Pulo do Gato 
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Um comentário:

  1. Estou emocionada com sua resenha. Não conhecia esse livro e olha essa tragedia mexe comigo até hoje, todas as vezes que penso nisso me sobe uma revolta, uma dor, um sentimento de roubo. Eu também sou apaixonada por literatura infantil e como tal sei que tem livros que como se não bastassem serem LIVROS na grandeza do que o livro é ultrapassam os limites e são mais. É uma delícia encontrar esses livros.

    Uma Pandora e sua Caixa

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