Sobre expectativas e desilusões.

     

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     Sempre tive um sério problema: criava expectativas sobre tudo. Sobre amigos. Sobre família. Sobre realizações. Sobre mim.


     Hoje, aos vinte e oito anos de idade, posso afirmar que me livrei desses estigmas. Dessas marcas do passado. Sou muito feliz vivendo sem esperar nada de ninguém.


     Talvez isso possa soar grosso, rude ou até mesmo egocêntrico demais para ouvidos [olhos, no caso] mais 'conformistas'. Porém, a duras penas aprendi que: o ser humano não te valoriza.


     Pois é. Eu era daquele tipo que fazia tudo por todos. Que me desdobrava em mil para poder ajudar e satisfazer as necessidades alheias, muitas vezes deixando meus próprios anseios de lado. E, ao realizar algo para alguém, nunca tive um agradecimento sincero. Fiz tanto isso em minha vida que as pessoas acabavam associando essa atitude como algo natural de minha essência, daí, não precisavam me valorizar nem nada, afinal, eu sempre estaria ali. À disposição. Pronto para ajudar.


     Agora, depois de muitos tapas e socos no estômago e noites mal dormidas e bolsas debaixo dos olhos, creio que cheguei num patamar de consciência interior muito elevado. Vivo por mim e para mim, em primeiro lugar. Mas, devo confessar, o ser humano é tão vil e asqueroso que sempre encontrará uma maneira de alfinetar essa bolha de segurança que você consegue consetruir à sua volta.


     [..]


     A pior coisa é lidar com gente ignorante. Não ignorante no sentido de rudez [porque essa pessoas são muitos fáceis de lidar, pelo menos a meu ver]. Mas ignorante de sabedoria. Pessoas que batem no peito e proferem palavras e mais palavras, falando muito de nada e um excesso de coisa nenhuma. Palavras vazias que não levam a lugar algum.


     Sabe qual é o artifício mais utilizado pelos ignorantes? Elevar a voz e levantar o dedo indicador.


     Como eles amam fazer isso!


     Talvez, em suas mentes dissimuladas isso transmita autoridade.


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     Ajudar sem ver a quem, porque nós somos o mundo, glória a Deus e amém. Às vezes isso causa desdém, mas, há um porém: sua ignorância me fez de refém.


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Um comentário:

  1. Pena que "pessoas" perdem a chance de ter ao seu lado pessoas maravilhosas como você!!!
    O mundo dá muitas voltas... E quando, na caminhada da vida se percebe o quanto se perdeu...

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