Resenha: O caso do pote quebrado



Sinopse: Dona Coruja é investigadora de renome e está encarregada de resolver o mistério: afinal, quem transformou em cacos o pote do Marreco? Dona Coruja ganhou destaque como investigadora depois de resolver o Caso das Bananas (publicado pela Brinque-Book em 2003). Agora, ela está de volta para ajudar o desolado Marreco a desvendar o Caso do Pote Quebrado.

 

Adoro livros que prendem o leitor e o permitem participar da narrativa.

Em “O caso do pote quebrado”, escrito por Milton Célio de Oliveira Filho e ricamente lustrado por Mariana Massarani nos deparamos com o pobre Marreco que estava desolado, pois, enquanto tomava banho na lagoa, um intruso entrara em sua casa e atirara seu pote ao chão, transformando-o em cacos. A partir daí ele, determinado em saber quem foi o malvado que havia cometido tamanha atrocidade, convoca Dona Coruja, investigador de renome, para assumir o caso.

 

A cada virar de página vemos a coruja usando todo o seu talento de Sherlock Holmes para desvendar o mistério. Vai investigando os animais um a um e é aí que está a “mágica” do livro!

 

Nós, os leitores, acompanhamos a investigação através do diálogo/entrevista da coruja com os animais. Cada um dá sua justificativa (ou álibi, como achar melhor) de o porquê não é culpado e, além disso, cada um aponta um suspeito.

 

Dá para explorar cada página do livro e estimular a participação das crianças para desvendarem os suspeitos, tentando adivinhar qual animal aparecerá ao virar a página (além de tentar adivinhar por meio da fala e descrição dos animais, Mariana também dá uma pequena pista de cada um dos novos suspeitos, permitindo-nos vislumbrar um pedacinho do corpo do próximo animal na ilustração da página direita que antecedem seu aparecimento).

 

O livro é uma delícia de se ler em voz alta, de apresentar numa roda de leitura, deixando as crianças (pequenas e grandes, não há idade!) explorarem as ilustrações (eu, particularmente, AMO o traço da Mariana Massarani, neste livro ela estava particularmente inspirada, as ilustrações são belíssimas, todas em páginas duplas) e acompanharem o desfecho dessa história fantástica.

O desfecho, por sinal, é o ÁPICE de tudo que acontece no livro! É tão fantástico e imprevisível que, afirmo, vale a pena conferir (não entregarei aqui para não estragar a surpresa)!

 

Se quiser conferir e desvendar o que acontece, lá no feed e no IGTV do Instagram, bem como em meu perfil do Facebook, tem a leitura deste livro delicioso!


O CASO DO POTE QUEBRADO


Autor: Milton Célio de Oliveira Filho.

Ilustradora: Mariana Massarani.

Número de páginas: 32 páginas.

Editora: Brinque-Book.

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Resenha: Contos de Terror do Tio Montague



Sinopse: Edgar tem um tio que adora contar histórias arrepiantes. Só que são todas reais... até demais! Uma pequena boneca, uma moldura dourada, um velho telescópio de latão, entre outros objetos curiosos e sinistros são provas disso. Mas como o tio Montague teria conseguido montar tal coleção? O que Edgar nunca podia imaginar é que o protagonista da mais inusitada e horripilante história contada pelo tio era ninguém menos que o próprio - Montague.

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“Você não iria gostar deste lugar quando escurece…”

 

Gente! Vocês não fazem IDEIA de quanto esperei para vir aqui escrever sobre este livro! Eu já possuía o outro (“Contos de terror do Navio Negro”, confira a resenha clicando aqui) e sempre quis comprar este, porém, NUNCA o encontrava disponível para compra. Até que, finalmente, este ano (CINCO anos depois de ter comprado o Navio Negro!) consegui comprá-lo porque ele voltou ao estoque.

 

Em “Contos de Terror do Tio Montague”, escrito pelo britânico Chris Priestley, conhecemos Edgar, um garoto que possuía pais que não se sentiam muito à vontade perto de crianças. Sua relação com os pais não era das mais convencionais, por isso, Edgar adorava visitar seu Tio Montague, que lhe contava as mais sinistras histórias de terror, todas com certo quê de fantasia, mas, com um forte viés de veracidade.

 

Uma das coisas que acho mais incrível na escrita do Chris Priestley é que ele não se reprime, não se apega aos personagens e não tem medo de criar histórias cruéis, sombrias, cujos finais não se enquadram naqueles convencionais (e clichês) “felizes para sempre”, pelo contrário! O autor nos leva, em todos os contos, numa jornada inesperada, entremeada por caminhos estranhos, onde os personagens sofrem, física e psicologicamente, e nós, leitores, somos levados a uma viagem sensacional cujo desfecho é, sem sombra de dúvidas, estarrecedor.

 

A trama “principal” do livro se dá na visita de Edgar ao Tio Montague, que partilham contos de terror sentados perto da lareira numa sala que possui objetos peculiares, cada um desses objetos figura um dos contos e é peça fundamental e norteadora para as histórias de Tio Montague.

 

A escrita de Priestley nos envolve de tal maneira que os contos de Tio Montague, mesmo sendo pequenos, são absurdamente fascinantes. Você se prende de imediato e quando ele retoma aos diálogos de Edgar e seu tio você percebe a magistralidade do autor por nos conduzir a tantos caminhos diferentes por meio dos contos e mesmo assim mantendo um “plano de fundo” muito bem estruturado e tão fascinante quanto às pequenas (e sombrias!) histórias que nos são apresentadas.

 

A cada conto a escrita vai se tornando mais envolvente, de tal maneira que você se pega absorto ali, sem querer largar o livro e descobrir logo qual será o final de cada história, inclusive a de Edgar e Tio Montague. Queria discorrer sobre cada conto em particular, mas, tenho receio de entregar spoilers e acabar destruindo a experiência de leitura de quem se dispor a conhecer a obra (por favor, se você ama uma boa narrativa, envolvente, capaz de prender do início ao fim, compre este livro! Não se deixe enganar achando que ele é um livro “água com açúcar” por fazer parte do catálogo de um selo infanto-juvenil da Rocco).

 

Devo dizer que meus contos favoritos são “A des-porta” e “A moldura dourada”. Neles você vê a riqueza da escrita de Priestley e se vê embasbacado ao final da leitura. Se “A moldura dourada” virasse um filme, aposto, seria daqueles sucessos de crítica e bilheteria. Simplesmente fantástico! Esses contos se desenvolvem mais numa linha de terror psicológico, não tanto aquele terror explícito, o que me atrai ainda mais, pois, mexe com a cabeça da gente e não se torna apelativo.

 

O final do livro é tão incrível (e surpreendente!) quanto os finais de cada um dos contos que compõem a obra. “Contos de Teror do Tio Montague” é quase um inception, rs. Histórias dentro da história e, como já vemos na sinopse, tio Montague é o protagonista por trás de todo aquele suspense e obscuridade.

 

“Estas coisas à nossa volta são... como posso dizer?... possuídas por uma energia curiosa. Elas ressoam com a dor e o terror a que estão atreladas. Meu estúdio virou um repositório desses objetos. Eu coleciono o que ninguém quer, Edgar, as coisas assombradas, amaldiçoadas... as coisas malditas.”

 

As ilustrações que acompanham os contos, feitar por David Roberts, são tão incríveis quanto o texto, possuem um ar sombrio e são repletas de detalhes, personagens desenhados com olhos profundos e muitos detalhes nas sombras; parecem fazer parte de uma das obras de Tim Burton.

 

À você que aprecia uma boa história de terror, amante de textos bens escritos e que procura algo para se envolver eu mais que recomendo! Sugiro que o compre (está bem baratinho na Amazon), pois, você não irá se arrepender.


CONTOS DE TERROR DO TIO MONTAGUE


Autor: Chris Priestley

Ilustrador: David Roberts

Número de Páginas: 256 páginas

Editora: Pavio [selo da Editora Rocco]

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Resenha: Carona na vassoura


Sinopse: A bruxa e seu gato estavam muito felizes voando na vassoura, até que... o vento leva primeiro o chapéu da bruxa, depois seu laço e, por fim, a varinha!
Felizmente, cada uma dessas coisas é apanhada por um animal prestativo que se junta à bruxa agradecida e seu gato na viagem.
Uma história muito engraçada sobre a bruxa e seus amigos, com rimas irresistíveis e ilustrações maravilhosas, é perfeita para ser lida em voz alta e apreciada pelas crianças.




Aaah! Julia & Axel... dupla de sucesso. Sem dúvidas!
Sou PERDIDAMENTE apaixonado pelas obras dos dois [e não vejo a hora de completar minha coleção falta pouco!].


Como disse na resenha de “O gigante mais elegante da cidade” Julia possui uma escrita DELICIOSA, daquelas que nos convidam a leitura em voz alta. E as ilustrações de Axel são irresistíveis, carregadas de cor e expressão, possuem características ÚNICAS [imediatamente, ao se deparar com uma de suas ilustrações, você consegue identificar].


Em “Carona na vassoura” conhecemos uma simpática bruxa, que segue feliz da vida voando com seu gato, até que um vento forte começa a soprar e… a partir daí a história se desenrola. A cada virar de página a bruxa vai deixando cair algo e, sempre que ela desce para procurar, vem um animal solícito para lhe ajudar.


A história é bem “redondinha”, daquelas que trazem alegria, sorrisos e proporcionam momentos de leitura deliciosos. Eu, particularmente, amo conta-la em voz alta, fazendo aquela leitura bem dramática, com chapelão e gritando “DEEEEESÇA” numa vibe bem histérica, rs [as boas histórias têm esse efeito sobre mim].


Acho fantástica a maneira com que os livros de Julia & Axel nos envolvem. Suas obras se tornaram verdadeiros clássicos [vide o sucesso de “O Grúfalo”] e isso se dá, em minha opinião, pela maneira com que eles costuram texto e ilustrações, criando obras fantásticas e atemporais, capazes de encantar crianças de 0 a 100 anos.


*Há também um curta-metragem lindo feito a partir da história do livro, vale super a pena conferir!


CARONA NA VASSOURA

Autora: Julia Donaldson
Ilustrador: Axel Scheffler
Número de Páginas: 32 páginas
Editora: Brinque-Book
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Resenha: Bojabi - a árvore mágica


Sinopse: Os animais estão muito, muito famintos. Então eles veem uma árvore maravilhosa, coberta de frutos vermelhos e maduros, que exalam o aroma de doces mangas, são gordos como melões e suculentos como tâmaras... MAS... Enrolado em volta da árvore está o MAIOR PÍTON que eles tinham visto na vida. E o Píton só vai deixar os animais comerem as frutas se eles disserem o nome da árvore. Qual será o nome? O Rei da Floresta é o único que sabe, e ele mora longe, muito longe...
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Em “Bojabi – a árvore mágica” encontramos um grupo de animais que arrastavam-se pela terra rachada [o Elefante, a Girafa, a Zebra, o Macaco e a Tartaruga] procurando algo para comer, pois, naquele tempo, que aconteceu há muito tempo atrás, um vento seco soprava sobre a África e nenhuma chuva caía. Depois de tanto procurar os animais encontraram uma árvore esplêndida, coberta com os frutos mais suculentos e maduros que já haviam visto. Porém, como toda boa história esta possui um “porém” no meio do cmainho, enrolada em volta do tronco da árvore se encontrava a maior serpente píton que os animais já tinham visto.


Eles tentam, com muito jeitinho, pedir educadamente à serpente que os deixe pegar algumas frutas, mas ela, impiedosa que só, diz que apenas o fará se eles disserem o nome da árvore. E é a partir daí que a história se desenrola.

A Tartaruga, muito sábia, relembra de uma história de sua tataravó que dizia que apenas o grande Rei da Floresta conhece o nome da árvore, mas que ele vivia muito longe dali. Eles começam então a matutar sobre qual deles poderia ir de encontro ao grande Rei descobrir o nome da árvore. Primeiro vai a zebra,  depois o macaco… e assim por diante.


A história é divertidíssima! Os animais se envolvem em algumas trapalhadas no meio do percurso, muitas delas envolvendo seus próprios egos e orgulho e o final, daqueles bem característicos das melhores histórias orais, nos deixa rindo. Mas, para descobri-lo, você precisa ler o livro! E, de preferência, o faça em voz alta, caprichando na entonação, nas caras e bocas. Garanto, a leitura fará todos a seu redor se encantarem!


Prêmios & Seleções:
• Acervo Básico FNLIJ 2014 | Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil
• Biblioteca Itaú Criança 2013 | Fundação Itaú Social



*No site da Editora professores e bibliotecários têm desconto!


BOJABI - A ÁRVORE MÁGICA

Autora: Dianne Hofmeyr
Ilustrador: Piet Grobler
Capa dura 
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Biruta
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Resenha: Manu e Mila


Sinopse: Céu anil, jardim florido, sol e nuvens branquinhas. Mila acordou inspirada e foi logo nomeando suas sensações com poesia. Sabia que aquela manhã deliciosa lhe traria um caminho: “Hoje é um dia perfeito para encontrar a alegria”, disse ao Manu, que logo contestou: “Mas onde encontrar a alegria?”. Em suas pequenas grandes convicções, eles foram, ao ar livre, procurar o que podia estar ali sob seus olhos. No alto de uma árvore, debaixo de uma joaninha. Manu achava uma coisa, a garota Mila encontrava outra. O que não sabiam é que essa busca tinha muito em comum: o viver, na delicadeza do que o outro nos apresenta.
André Neves.
[...]
Creio que, hoje, André tenha se tornado meu autor preferido. Seus livros me trazem uma sensação de acalanto que, por mais que tente, não consigo explicar em palavras.
Sou do tipo que lê e se emociona, que fica com um sorrisão bobo nos lábios e os olhos marejados quando encontra um livro que aquece o coração.
Os livros do André, todos eles, sem tirar nem pôr, causam essa sensação em mim. E isso é magnífico!
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Em “Manu e Mila” acompanhamos uma dupla de crianças que num dia delicioso “jardim florido, céu anil brancas nuvens, sol macio” se questionam e refletem sobre onde se encontra a alegria. A mãe de Mila diz que a alegria pode estar em qualquer lugar, enquanto Manu contrapõe dizendo que o mundo é muito grande e duvida que a alegria esteja ali no jardim.


Mila, que me enche o coração e me faz relacionar completamente com ela [que tem ares de personalidade de Amélie Poulain] crê que a alegria está escondida nas pequenas coisas [debaixo de uma pedra. Em um pingo-d’água. Dentro de uma semente] já Manu achava que a alegria estava entre as coisas grandes [perdida em uma imensa cidade. No alto de uma montanha. Boiando no meio do oceano]. Ambos acreditam que a felicidade está nos lugares mais difíceis de procurar.


Durante a leitura, texto e imagem nos fazem refletir sobre os pequenos prazeres da vida, sobre as alegrias que encontramos em nosso caminho, sobre os encantamentos que vivenciamos em nosso dia a dia e a maneira com que enxergamos o mundo a nosso redor.


Manu e Mila, tão semelhantes em suas diferenças, trazem um frescor ao leitor que, garanto, é IMPOSSÍVEL concluir a leitura sem pôr um sorrisão nos lábios!


André possui um “tato poético” ímpar, capaz de nos comover e encantar com uma intensidade tremenda. Seu texto, sucinto em muitos pontos, e ilustrações cheias de vida, tem o poder arrebatador de aquecer qualquer coração e nos deixar refletindo sobre o que nos traz alegria. O livro, por si só, é um pequeno prazer. Uma imensa alegria.


“A alegria é uma brincadeira fujona, sabe? Algo que nos acostumamos a encontrar e a perder o tempo todo. E existem tantas alegrias [...] A alegria para mim é fazer e ver a leitura girar como uma dança”. [NEVES, ANDRÉ]
Como não se apaixonar?

MANU E MILA

Autor: André Neves
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Brinque-Book
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No site da editora o livro está com um preço INCRÍVEL! Compre-o aqui

Resenha: Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca



Sinopse: Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca. E uma aranha. E uma ave. E um gato. E um cachorro. E uma cobra. E uma vaca. E um cavalo. Você sabe o que aconteceu? Descubra nesta premiada versão deste clássico norte-americano. Este livro, ganhador do prêmio Ópera prima durante a feira do livro infantil de Bologna 2010, resgata um texto clássico da literatura infantil norte-americana, que narra a história de uma velhinha que, sem motivos, engole uma mosca ainda viva. Para matar a mosca em seu estômago, a velhinha pensa em uma solução e é a partir daí que começa a confusão.  Além de apresentar uma história clássica, esta obra apresenta como grandes diferenciais: seu design, suas ilustrações, o formato e a tipologia usada. Tudo é inovador e complementa perfeitamente o texto, fazendo com que esta obra encante não só crianças, mas também os leitores maiores!
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Certeiro. Creio que esta é uma palavra que caracteriza perfeitamente este livro.
“Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca” é uma daquelas obras em que é IMPOSSÍVEL permanecer indiferente ao que apresenta. Seja você uma criança grande ou pequena, leitor ávido ou não. O livro é ESPETACULAR [assim mesmo, em caixa alta], pois, apresenta desde seu projeto gráfico uma maneira peculiar que prende o leitor pelo laço.


É engraçado que TODAS as vezes em que o levei para compartilhar em voz alta, sua leitura foi daquelas que mais atraiu crianças, pois, o formato diferentão do livro já chama muita atenção e, quando começam a escutar o texto, cada vez vão se aproximando mais e mais “curiosos”.


A premissa é: uma velhinha simpática e elegante, que usa óculos, maquiagem e tem bolsinha, por um motivo que a gente não sabe o qual, resolve engolir uma mosca. Assim, inteira, sem mais nem menos. A partir daí as coisas vão degringolando, ela engole um animal atrás do outro e o narrador a todo momento nos pergunta: “O QUE PODE ACONTECER? E SE ELA MORRER”?.


O texto é estruturado em forma acumulativa/repetitivo, o que torna a leitura em voz alta ainda mais prazerosa [tanto para quem lê quanto para quem o escuta].


Passei MUITO tempo atrás desse livro [infelizmente encontra-se esgotado em todas as lojas] e, ano passado, depois de muita procura, a querida @pequenosdevoradoresdelivros encontrou um link dele no Estante Virtual e, assim, consegui comprá-lo.
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Sou suspeito para falar, pois, já amava o livro antes mesmo de tê-lo em meu acervo, mas, depois que o adquiri posso dizer: amo ainda mais! Acho SENSACIONAL quando um livro com uma premissa tão “simples” é capaz de resultar nas mais diferentes reações. Me lembro que ano passado, quando o compartilhei durante o momento de recreio, uma aluna querida, Aninha, ficou estática, com as mãos sobre o rosto, esperando pra ver se ao final da história a velhinha reagiria ou reviveria, rs.


Ano passado também, durante uma formação que ministrei para professores da educação infantil do município de Fundão [com o tema “Os desafios da formação de leitores na escola”] falei sobre o livro com tanta paixão que as professoras emitiram um coro pedindo para que eu o contasse. Antes, durante e após a leitura o momento foi fantástico! Elas acompanhavam comigo as repetições do texto, riam com o que a velhinha ia engolindo e, a “cereja do bolo”, ao final, quando ela finalmente morre [não vale dizer que é spoiler pois o livro é antigo, vá] a comoção foi geral, risadas soaram e eu não aguentei também. INCRÍVEL!


Este ano já tratei de compartilhá-lo em minha nova escola e, para variar, o momento foi de sucesso absoluto!


“Tinha uma velhinha que engoliu uma mosca” é unanimidade no quesito leitura compartilhada. Pode ter certeza que, lendo-o, o momento de leitura será MEMORÁVEL!



p.s.: não encontrei nenhum link disponível para compra😢  
EDIT: encontrei para compra no site da editora! CLIQUE AQUI


TINHA UMA VELINHA QUE ENGOLIU UMA MOSCA


Autor: Jeremy Holmes
Número de páginas: 16 páginas
Editora: Amarilys


Resenha: O gigante mais elegante da cidade




Sinopse: Em uma terra mágica habitada por seres miúdos e diversos, como pessoas, elfos e animais, há um gigante adorável e desalinhado chamado Jorge. Um dia, ele decide que é hora de repaginar o visual. Encontra uma nova loja no caminho e troca as roupas velhas e gastas por uma camisa, um par de calças, cinto, gravata, meias e sapatos pretos brilhantes. Tudo muito elegante. No entanto, quando se depara com uma série de animais que precisam de ajuda, ele imediatamente começa a distribuir suas roupas para ajudar. A gravata aquece o pescoço da girafa, a camisa se torna uma vela de barco, e um de seus sapatos novos, uma casa de rato. Mas... e o gigante elegante, como fica nessa história?

Os trabalhos de Júlia Donaldson e Axel Scheffler são familiares a todos que são apaixonados pela literatura para a infância. Autores de clássicos como "O Grúfalo" e "Macaco danado" a dupla possui em seu currículo uma vasta lista de livros excelentes.


Eu, particularmente, sou apaixonado pelo trabalho dos dois! Os textos divertidos, muitas vezes rimados e as ilustrações cheias de vida e cores fazem com que suas obras sejam apostas certeiras na hora da leitura compartilhada em voz alta.


Em "O gigante mais elegante da cidade" conhecemos Jorge, um gigante que anda por aí com sua camisola e sandália que, há muito, deixaram de ser elegantes. Até o dia em que ele encontra uma loja perfeita, com roupas de sua numeração.


Jorge compra várias peças e sai feliz da vida, sentindo-se o gigante mais elegante da cidade. Porém, em seu caminho, vão surgindo vários sujeitos que estão sofrendo (pelos mais diversos motivos) e Jorge, que além de elegante é completamente solidário, passa a ajudar cada um que se põe em seu caminho.


A história é daquelas "redondinhas", que você vai lendo e sorrindo ao mesmo tempo. Fala de amizade, solidariedade e fazer o bem sem ver a quem. Trata-se também de uma história acumulativa, o que torna a leitura em voz alta ainda mais prazerosa.


O texto de Donaldson e as ilustrações de Scheffler são de encher os olhos e abraçar os ouvidos. Mais um daqueles que precisa fazer parte da coleção/acervo. Lembrando que não adianta ter um acervo rico e cheio de preciosidades se este acervo não CIRCULA, se não tem VIDA, se não chega às mãos daqueles que, em outras circunstâncias, não o conheceriam…


O GIGANTE MAIS ELEGANTE DA CIDADE

Autora: Julia Donaldson
Ilustrador: Axel Scheffler
Número de páginas: 32 páginas
Editora: Brinque-Book
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