[...] Confesso que nunca fui muito "chegado" aos quadrinhos da Turma da Mônica. Desde quando eu era mais novo, o que me atraía mesmo eram os mangás japoneses (Sakura Card Captors ♥ Chobits), portanto, há alguns anos atrás, quando vi que a Turma da Mônica havia sofrido uma transformação, recebendo traços em estilo mangá eu meio que "torci o nariz", rs. Um pré-conceito, sem ao menos conhecer como seriam as revistas ou a linha de histórias que seguiriam. Já havia visto minha sobrinha lendo as revistinhas da Turma da Mônica Jovem mas nunca tinha tido a curiosidade de olhá-las para ver como eram.
Este ano estou tendo a oportunidade de trabalhar numa turma incrível cheia de grandes leitores, a turma do 2º ano em que trabalho é fantástica, a grande maioria das crianças se interessa por leituras diversas, de gibis à livros mais "encorpados" e grossos. Foi por meio deles que tive contato com as revistas da Turma da Mônica Jovem.
Iniciamos a leitura num recreio, três crianças e eu. Sinceramente? Me apaixonei pela revista na primeira leitura. E foram fantásticas as mudanças que as revistinhas trouxeram para nós e nossos recreios.
Iniciamos a leitura num recreio, três crianças e eu. Sinceramente? Me apaixonei pela revista na primeira leitura. E foram fantásticas as mudanças que as revistinhas trouxeram para nós e nossos recreios.
Bem-vindos ao Japão |
Começamos com uma história em quadrinhos
e três crianças. Conforme os dias foram passando, foram se juntando e
aproximando mais e mais crianças para participarem de nossas leituras. O
suspense das histórias vai nos prendendo cada vez mais e aquilo que começou
como uma coisa tão "basiquinha", torna-se um dos momentos mais
agradáveis e prazerosos de nossa rotina diária.
Lendo alguns capítulos por dia durante o recreio
com as crianças, me divirto tanto quanto eles. Um grande acerto do Maurício,
desde o uso dos traços inspirados nos mangás japoneses até o uso de
"gírias modernas" como "queria estar morta"!
Em minha opinião o grande "trunfo" das revistas é o roteiro. De viagens e invasões alienígenas à vírus zumbi, de viagens à Tóquio à universos paralelos. As crianças ficam fascinadas.
Assim foi formado nosso Clube da Leitura, a partir das revistas da Turma da Mônica. Já lemos vários exemplares. Por meio desses momentos de leitura no recreio também são feitos empréstimos de gibis feitos por mim e, também, pelas crianças entre si.
O número de participantes do momento da leitura no recreio varia conforme o tema da revista que estamos lendo. Percebo que quando são temas que envolvem mais ação (como os exemplares dos Herdeiros da Terra e os do Chico Bento Moço - Zona de Contágio) eu fico rodeado por várias crianças, tanto meninas quanto meninos, do 1º ao 4º ano, porém, quando são assuntos mais "mundanos" como viagens e amizade (sem envolverem assuntos de cunho fantástico) o número de participantes é um pouco menos. Mas isso não tira meu entusiasmo, muito pelo contrário, tenho um número de participantes assíduo e recorrente, que quando eu saio para o pátio já estão sentados me esperando e guardando meu lugar entre eles; essa diversidade de personalidades e gostos é algo que levo em consideração quando seleciono material para lermos coletivamente. Sempre vario as leituras, intercalando entre revistas em quadrinhos e livros de literatura, bem como histórias coletivas improvisadas (eu "puxo" a história, dando o início e um personagem, um panorama superficial, daí aponto para quem deve dar continuidade à história e assim por diante, quando fazemos isto é muito engraçado porque tem crianças que respondem imediatamente, dando detalhes e indo por vertentes inimagináveis, em contrapartida, há aquelas que "travam", morrendo de vergonha de se expressar e dar continuidade à história), assim, seguimos em frente lendo cada vez mais, rindo mais ainda e nos divertindo aos montes.
Sobre princesas, zumbis e um médico muito louco que adora contar histórias. |
Nossa, que ideia bacana. Adorei. É isso que precisamos em nossas escolas. Esse incentivo. Continue assim =D
ResponderExcluirBeijos
Sou apaixonado por leitura e escrita! E as crianças recebem e respondem muito bem aos estímulos quando notam no 'interlocutor' uma paixão pelo que faz, creio que é isso que as motiva mais e mais a lerem e descobrirem novos rumos com a leitura.
ExcluirBeijos :)